A obesidade tem crescido cada vez mais e representa um dos principais desafios de saúde pública atual. A doença que pode ser fator de risco para o diabetes e doenças cardiovasculares possui outras complicações como a hipercolesterolemia, a hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, apnéia do sono, problemas psicossociais, doenças ortopédicas e diversos tipos de câncer.
“O aumento da obesidade levanta a questão de que fatores ambientais estariam determinando esta epidemia. Quando se avalia clinicamente um paciente obeso, deve-se considerar diversos fatores, entre eles, a vida do paciente e os predisponentes genéticos”, diz o endocrinologista Cesar Penna.
Segundo ele, os hábitos de vida sedentários e a dieta dos seres humanos são o determinante principal do crescimento da obesidade no mundo.
A oferta ilimitada de alimentos baratos, práticos e de alta concentração calórica auxiliam nesse resultado. Além disso, o consumo de verduras elegumes diminuiu.
Para o médico, observa-se uma tendência à deterioração dos hábitos alimentares. “Uma criança, por exemplo, assiste em média a 10.000 anúncios de alimentos na televisão a cada ano, sendo 90% deles sobre fast food, sucrilhos açucarados, refrigerantes ou balas”, relata.
Outro fator seria a falta de atividades físicas na vida das pessoas.
“Alia-se a isso um sedentarismo crescente, com a prática de atividades físicas mais escassas, principalmente nas grandes cidades. O consumo calórico tem derivado predominantemente de alimentos processados, de alta densidade energética, com elevados teores de lipídios e carboidratos”, relata.