Todo mundo fica nervoso ou ansioso de tempos em tempos – ao falar em público, por exemplo, ou quando está passando por dificuldade financeira. Para algumas pessoas, porém, a ansiedade se torna tão frequente, ou tão forte, que começa a tomar conta da vida delas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o problema atinge quase 10% da população brasileiras. Como saber se a ansiedade normal do dia a dia ultrapassou os limites e se transformou em transtorno? Não é fácil. A ansiedade vem em diferentes formas – tais como ataques de pânico, fobias, ansiedade social… e a distinção entre um diagnóstico oficial e ansiedade “normal” não está sempre muito claro.
Preocupação Excessiva
A marca do transtorno da ansiedade generalizada (TAG) – o tipo mais amplo da ansiedade – é se preocupar demais com as coisas do dia a dia, grandes ou pequenas. Mas o que significa “demais”?
No caso do transtorno da ansiedade generalizada, significa ter pensamentos ansiosos persistentes em quase todos os dias da semana, por seis meses. E a ansiedade tem que ser tão forte a ponto de interferir no seu dia a dia e estar acompanhada de sintomas notáveis, como fatiga.
“A distinção entre transtorno da ansiedade e ansiedade normal é se suas emoções estão causando muito sofrimento e disfunção”, diz Sally Winston, PhD, co-diretor do transtorno da ansiedade e estresse do instituto de Maryland-EUA.
Problemas de sono
Dificuldade em adormecer ou manter o sono está associado a uma ampla gama de condições de saúde, tanto físicos como psicológicos. E, claro, não é incomum ficar girando e tossindo em antecipação a um discurso importante ou entrevista de emprego.
Mas se você encontrar-se frequentemente deitado e acordado, preocupado ou agitado com problemas específicos (como dinheiro), ou nada em particular – pode ser um sinal de transtorno da ansiedade.
Segundo algumas estimativas, Metade de todas as pessoas com transtorno da ansiedade generalizada experimentam problemas com sono.
Medos Irracionais
Alguns casos de ansiedade não são generalizados, pelo contrário, está ligada a alguma situação ou coisa, como voar, animais ou multidões.
Se o medo se torna opressivo, disruptivo e muito fora de proporção do real risco envolvido, então é um sinal de fobia.
Apesar das fobias serem incapacitantes, elas não são óbvias a todo instante. De fato, elas não podem vir à tona até que você enfrente uma situação específica e descobre que você é incapaz de superar o seu medo. “Uma pessoa que tem medo de cobras pode passar anos sem ter problema”, diz Winston. “Mas, de repente, seu filho quer ir acampar, e eles percebem que precisam de tratamento.
Tensão muscular
A tensão muscular quase constante quer se trate de apertar sua mandíbula, tensionando os punhos, ou flexionando os músculos por todo o corpo, muitas vezes acompanha os transtornos de ansiedade. Este sintoma pode ser tão persistente e generalizado que as pessoas que viveram com isso por um longo tempo pode parar de perceber depois de um tempo.
O exercício regular pode ajudar a manter a tensão muscular sob controle.
Psicanalista fala sobre a ansiedade de sentir falta
Faltou? Jura?
Tive – como vocês também devem ter tido – dias atípicos na última semana. Notícias e análises amplamente repercutidas em nossas casas, nos jornais, nas redes sociais, nos cafés dos escritórios (para quem conseguiu chegar aos escritórios, claro). Estive atenta às reações mais diversas, mais apaixonadas e tensas, pendendo ora para um lado e ora para o outro. Uma riqueza a oportunidade de nos escutar na falta. A falta.
A começar pela possibilidade dela. Digo possibilidade, porque antes que acabassem a gasolina nos tanques e os produtos nas prateleiras, sofremos todos com a fantasia de como seriam os próximos dias. Avizinhados ao caos, falimos antes que o encontro com ele se desse de fato.
Até que o encontro chegou, até que os postos fecharam, até que faltou. Falidos, incrédulos e exaustos seguimos. Seguimos faltantes.
E quando foi diferente? Proponho um exercício. Tente pensar em uma boa fase da sua vida, o nascimento de um filho, a notícia da cura de um familiar doente, a promoção no trabalho, o encontro de um amor, por exemplo. Estava tudo lá? Houve algum momento em que você se sentiu 100% nutrido, sem nenhuma questão pendente? Satisfeito nos afetos, intelectualmente preenchido, leitura em dia, seguro, saudável, com dinheiro, boletos pagos, filhos amáveis e promissores, espírito elevado, exercícios feitos, certezas sobre seu futuro e o futuro do mundo, sem arrependimentos, dores nas costas, saudades, contatos pendentes, sede, fome, calor ou frio?
Eu aposto que não. Por que? Porque se você está lendo este texto, você está vivo. E viver é administrar faltas, administrar buracos. Dos mais concretos aos mais complexos, sabemos lidar com eles, pode ficar tranquilo. Se faltar, seguiremos faltantes. É o que sempre fomos. Boa semana queridos.
Fonte: Autoajudaemfoco.com