Apenas 12% dos adolescentes de Roraima completaram vacinação contra a dengue

Das 36,9 mil doses distribuídas ao estado, 8,6 mil primeiras doses foram aplicadas, mas pouco mais de mil adolescentes retornaram para a segunda dose

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que apenas 12% do público-alvo completou o esquema vacinal com a segunda dose. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que apenas 12% do público-alvo completou o esquema vacinal com a segunda dose. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A campanha de vacinação contra a dengue em Roraima enfrenta baixa adesão entre adolescentes. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que apenas 12% do público-alvo completou o esquema vacinal com a segunda dose. Das 36,9 mil doses distribuídas ao estado, 8,6 mil primeiras doses foram aplicadas, mas pouco mais de mil adolescentes retornaram para a segunda dose.

O cenário em Roraima segue a tendência nacional. No Brasil, foram aplicadas 2,2 milhões de primeiras doses da vacina contra a dengue, mas apenas 636 mil pessoas tomaram a segunda dose, o que representa menos da metade da adesão esperada. O esquema vacinal exige um intervalo de três meses entre as doses, e as autoridades de saúde reforçam a importância de completar o ciclo para garantir a imunização completa.

A vacinação contra a dengue foi incorporada de forma inédita ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2024 e é voltada para adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações pela doença, atrás apenas dos idosos. No entanto, a adesão tem sido baixa, segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

“É uma idade que não costuma frequentar os serviços de saúde regularmente. Por isso, os pais e responsáveis precisam levar esses adolescentes para se vacinarem. É um ato de amor e responsabilidade”, afirmou.

Medidas de prevenção continuam essenciais

Embora a vacina seja uma inovação no combate à dengue, a pasta reforça que ela ainda não é suficiente para controlar totalmente a doença. A capacidade de produção do laboratório responsável pelo imunizante é limitada e não atende à demanda nacional. Dessa forma, o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, continua sendo a principal estratégia de enfrentamento.

O Ministério da Saúde orienta que, além da vacinação, a população deve adotar medidas preventivas como o uso de telas nas janelas, repelentes, vedação de caixas d’água e remoção de recipientes que possam acumular água. “Todos precisam fazer a sua parte para combater o mosquito”, destacou o órgão.

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