SAÚDE ESTADUAL

Após dívida, Sesau rechaça risco de suspender hemodiálise em Roraima

Declaração ocorre após a única empresa particular que fornece o serviço no Estado, a Clinica Renal de Roraima, ameaçar suspender o serviço

Após dívida, Sesau rechaça risco de suspender hemodiálise em Roraima

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) afirmou que o atendimento aos pacientes de hemodiálise não vai parar em Roraima. A declaração ocorre após a única empresa particular que fornece o serviço no Estado, a Clinica Renal de Roraima, ameaçar suspender o serviço devido a uma dívida de R$ 9 milhões do Governo.

Agora, a Sesau disse ter credenciado três empresas que ofertam o serviço, o que vai proporcionar o atendimento a mais de duas mil pessoas em tratamento renal só neste segundo semestre. A secretária estadual de Saúde, Cecília Lorenzon, culpa a migração venezuelana pela crise na Saúde.

“Não haverá paralisação no atendimento a população que precisa de hemodiálise. Com a participação dessas três empresas, vamos aumentar o atendimento, aliviar a pressão nos hospitais e reduzir as filas em pelo menos 30%. Nosso compromisso é com a população. O governo está empenhado em melhorar a vida das pessoas. Por isso, estamos buscando soluções legais para atender essa grande demanda que surgiu com a migração”, destacou.

Segundo a pasta, em 2022, a média de acompanhamentos na Clínica Renal foi de 700. No ano passado, a empresa venceu a licitação por oferecer o menor preço. Mas conforme a Sesau, o aumento repentino na demanda resultou no surgimento de filas de espera e problemas na prestação dos serviços.

A gestão estadual disse ter pago mais de R$ 6 milhões para a clínica somente em 2023.

As três empresas

Como o processo de credenciamento foi aberto para todo o País, três empresas foram credenciadas após etapas jurídicas e órgãos de controle: Clínica Renal de Roraima; HME Soluções e Saúde LTDA (SP); e Centro de Hemodiálise Ari Gonçalves (PA).

Nesse processo, o Centro de Hemodiálise Ari Gonçalves já assinou contrato com a Sesau para iniciar os trabalhos imediatamente. A HME está com a nota de empenho e aguarda liberação, enquanto a clínica já passou pelo processo de análise técnica e espera apenas a validação jurídica, que deve ser concluída até o fim do mês.

“Com essa nova estrutura de atendimento, além de otimizar o fluxo, o governo também conseguirá reduzir os gastos com cada atendimento oferecido à população”, diz Lorenzon.