O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Roraima (Sindpol-RR), Leandro Almeida, denunciou no perfil do sindicato no Instagram as condições precárias em que se encontram as duas únicas câmaras frias do Instituto Médico Legal (IML). No vídeo, ele relata que uma delas está sem funcionamento por conta do refrigerador estar quebrado desde terça-feira, 14, e outra estar congelando, o que ocasiona uma má refrigeração da área.
Em ambas as câmaras há cadáveres que precisam ser liberados para sepultamento e têm que estar conservados. Leandro Almeida, relatou à FolhaBV que não é o único problema relacionado a estrutura do IML, outras questões também estão pendentes há muito tempo no órgão.
“A situação do IML, infelizmente, é crônica. Se arrasta ao longo de anos. É uma total falta de atenção do Estado, um descaso. Quem vai no IML sabe do nível de insalubridade daquela unidade policial”, relatou Leandro em entrevista à FolhaBV.
Outro problema recorrente tem sido a falta de coleta de lixo do instituto, que não pode ser descartada junto com os domésticos por ser lixo hospitalar. Leandro relata que o contrato com a empresa que era responsável pela coleta venceu em outubro do ano passado e desde então o IML está sem recolhimento de lixo.
As duas únicas vezes que foi retirado o lixo nesse período, foram quando a gestão do IML pediu, em forma de favor, para que o caminhão que coleta o lixo da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) recolhesse também o lixo de lá.
Ele relata, que os problemas do Instituto Médico Legal foram repassados para a Delegacia Geral da Polícia Civil em uma reunião que ocorreu nesta quarta-feira.
“A justificativa apresentada, é que estão em processo de aquisição de novas câmaras frias e que iriam iniciar um processo licitatório para contratar uma empresa especializada em recolhimento de lixo hospitalar, haja vista a inexistência de ATA para adesão”, finalizou.
A reportagem procurou o Governo do Estado que se manifestou por meio da seguinte nota:
A Polícia Civil de Roraima informa que, ao tomar conhecimento dos problemas com a Câmara Fria Mortuária, acionou a empresa responsável pela manutenção para que realizasse a avaliação. Após a apresentação do orçamento, foram autorizadas as ações de manutenção corretiva de forma imediata. Devido às condições logísticas do Estado de Roraima, é possível que o reparo necessite de peças provenientes de outros entes federados.
A Polícia Civil esclarece que, no momento, não há corpos guardados nas câmaras frias.
Com o objetivo de resolver definitivamente o problema, a Polícia Civil informa ainda que está sendo instruído o processo para aquisição de novas Câmaras Frias Mortuárias, que devem estar disponíveis no segundo semestre.