PREVENÇÃO AO TABAGISMO

Campanha usa linguaguem gamer para alertar jovens sobre riscos do cigarro eletrônico

Iniciativa "Vape Mata" foca na Geração Z para alertar sobre os perigos do cigarro eletrônico, e será divulgada em redes sociais e plataformas de streaming

Dispositivos eletrônicos para fumar são popularmente conhecidos como Cigarros Eletrônicos (Foto: Reprodução/Internet)
Dispositivos eletrônicos para fumar são popularmente conhecidos como Cigarros Eletrônicos (Foto: Reprodução/Internet)

Uma campanha lançada pela Fundação do Câncer está usando a linguagem dos videogames para alertar sobre os perigos do cigarro eletrônico entre os jovens de 15 a 24 anos. Essa faixa etária representa 70% dos usuários no Brasil. A ação, intitulada “Vape Mata”, marca o mês de abril, período em que é celebrado o Dia Mundial da Saúde (7).

A proposta é estabelecer uma conexão direta com a chamada Geração Z por meio de conteúdos que fazem analogia entre a frustração nos jogos e os danos causados pelo uso do cigarro eletrônico na vida real. A estratégia faz parte do Movimento Vape Off, iniciativa da própria Fundação.

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“Queríamos encontrar um caminho autêntico para dialogar com o público jovem, que é o mais vulnerável ao uso dos vapes. A linguagem dos gamers é ideal para mostrar como o cigarro eletrônico pode afetar o desempenho no jogo e na vida”, afirmou o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni.

Indústria do tabaco

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as empresas de tabaco investem mais de US$ 8 bilhões por ano em publicidade, com foco principalmente no público da Geração Z. Conforme alerta Maltoni, os dispositivos eletrônicos para fumar contêm mais de 80 substâncias nocivas. Entre elas, metais pesados e componentes cancerígenos.

A campanha será divulgada em redes sociais, YouTube e plataformas de streaming, com apoio de influenciadores digitais e criadores de conteúdo ligados ao universo gamer.

Ações contra o tabagismo

Além da campanha, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) intensificaram, desde setembro do ano passado, ações conjuntas para reforçar políticas públicas de controle do tabagismo.

O diretor do Inca, Roberto de Almeida Gil, destacou que o compromisso das instituições é com a ciência. Mais dados estão sendo produzidos para alertar sobre os prejuízos causados pelos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). “A conta chega lá na frente. Por isso, temos que agir agora”, afirmou.

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, também se posicionou contra a proposta de regulamentação dos cigarros eletrônicos. “Isso nada mais é do que uma tentativa de legalizar um produto que já é proibido no país. Estamos mexendo com grandes interesses, mas Fiocruz e Inca estão unidas nesse enfrentamento”, reforçou.

Atualmente, a Anvisa proíbe a fabricação, importação, comercialização e divulgação dos DEFs em todo o território nacional.

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