O Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) lançou uma campanha que objetiva amenizar os efeitos negativos da pandemia da COVID-19 na saúde mental dos brasileiros. Ao todo, serão oito vídeos voltados, principalmente, aos profissionais de saúde, familiares e cuidadores de pessoas idosas, à própria população idosa e aos pais e cuidadores de crianças. O primeiro vídeo, que começa a ser divulgado hoje nas redes sociais dos dois órgãos, busca promover a reflexão sobre os cuidados que os profissionais de saúde devem ter neste momento.
A proposta da campanha é orientar sobre como as pessoas devem lidar com sentimentos, como medo e estresse, além de apresentar dicas e estratégias de cuidado em saúde mental.
“Nossa prioridade é o combate ao coronavírus, seus sintomas associados à síndrome gripal, à síndrome respiratória aguda grave e a necessidade de UTI. Mas, concomitantemente a isso, nossa prioridade também são as pessoas que adoecem e seus familiares, que estão em isolamento social, e, principalmente, os profissionais de saúde que estão na linha de frente”, explica o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministéro da Saúde, Erno Harzheim.
Para o secretáro, os profissionais de saúde precisam de suporte psicológico para enfrentar essa situação de estresse com saúde mental suficiente para não adoecerem. “Diversas iniciativas serão lançadas nesse sentido nos próximos dias. Essa é apenas a primeira delas, mas em seguida teremos um grande sistema de telemedicina e telessaúde no suporte de todos os profissionais da linha de frente do enfrentamento ao coronavírus no Brasil”, destaca Erno Harzheim.
“Estar na linha de frente do combate à COVID-19 ou precisar passar muito tempo sozinho, sem poder estar fisicamente perto de quem a gente gosta, é muito difícil e estressante. Nós queremos, com esses vídeos, passar a mensagem de que, mesmo nesta situação de distanciamento social, é importante manter contato virtual com amigos e familiares e cuidar de si e das outras pessoas”, afirma Katia de Pinho Campos, coordenadora de Determinantes da Saúde, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Saúde Mental do escritório da OPAS e da OMS no Brasil.
A campanha também contará com produção de peças publicitárias para redes sociais sobre a temática.