Especialistas alertam para os sinais e sintomas e reforçam que, nas últimas décadas, a ciência avançou de forma significativa e a maioria dos cânceres hematológicos já contam com tratamentos inovadores que ampliam a sobrevida do paciente preservando sua qualidade de vida.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê mais de 11 mil casos de leucemia no Brasil entre 2023 e 2025. As regiões Sudeste, Nordeste e Sul lideram as estimativas.
Conforme o tipo, pode acometer crianças, jovens e adultos – a boa notícia, segundo Thiago Xavier Carneiro, hematologista e professor adjunto da Universidade do Estado do Pará, que a maioria dos cânceres hematológicos podem ser tratados e alguns até curados, considerando “cura” ausência da doença, sem necessidade de tratamento por um período de tempo.
Tipos de Câncer Hematológicos
Os principais tipos de câncer no sangue são leucemias, linfomas e mielomas e seus subtipos. A diferença entre os três está associada ao local onde as células doentes se formam, quais são essas células e qual o desenvolvimento da doença.
Enquanto as leucemias afetam a medula óssea, os mielomas ocorrem a partir de um tipo específico de célula de medula óssea, que atua na produção de anticorpos que combatem vírus e bactérias; e os linfomas afetam o sistema linfático. Nos três tipos, os sintomas são semelhantes.
Quais seriam os sintomas?
Os diferentes tipos de câncer no sangue podem apresentar sintomas comuns: sensação de fraqueza, cansaço, perda de peso sem razão aparente, manchas arroxeadas pelo corpo, palidez e mesmo sangramentos – além de sintomas específicos de cada tipo de câncer no sangue.
Como é feito o diagnóstico e quando é hora de procurar o médico?
Na presença destes sintomas, recomenda-se procurar o médico. Um simples exame de sangue (hemograma) pode indicar alguma alteração e o profissional de saúde pode pedir exames mais específicos.
Como é o tratamento?
De acordo com Carneiro, o tratamento varia conforme o tipo de câncer no sangue – mas pode incluir quimioterapia, imunoterapia, transplante de medula e terapia alvo, que atua diretamente nas células defeituosas, protegendo as células sadias. Diante da confirmação do diagnóstico, médico e paciente devem conversar sobre as possibilidades de tratamento, considerando sua idade, estilo de vida e estágio da doença. Na última década, os tratamentos evoluíram significativamente.