AGENDA DA SEMANA

Cardiologista defende doação de medidores de pressão como política pública

Petrônio Araújo considera aparelho como importante aliado do controle da doença crônica caracterizada pela elevação da pressão nas artérias

O médico cardiologista Petrônio Araújo (Foto: Lucas Luckezie/FolhaBV)
O médico cardiologista Petrônio Araújo (Foto: Lucas Luckezie/FolhaBV)

O médico cardiologista Petrônio Pereira de Araújo defendeu que o Poder Público deveria doar medidores de pressão como política de controle da hipertensão arterial. Ele tratou sobre o tema nesse domingo (10), durante o programa Agenda da Semana, da Folha FM (confira o programa completo ao final da reportagem).

“O serviço público deveria comprar o aparelho, porque o pessoal não consegue nem comer direito, e doar pro paciente”, afirmou o especialista.

Também conhecida como pressão alta, a hipertensão é uma doença crônica caracterizada pela elevação da pressão sanguínea nas artérias. Araújo disse, quanto mais velho for o paciente, mais suscetível está à patologia, considerada silenciosa na maioria das vezes e que é uma das maiores responsáveis por morte.

“A pressão vai subindo com a idade”, diz. “Oitenta por cento dos idosos são hipertensos. É um número muito alto. Só que a maioria das pessoas não sabem e as que sabem, não tomam o remédio direito. A pessoa sabe que tem pressão quando começa a danificar os órgãos alvos, como coração, rins, cérebro”, declarou.

Ele também alertou que a incidência de problemas do coração, a exemplo da miocardite – inflamação da camada média da parede do coração – entre os jovens. Segundo ele, a alimentação errada é um dos fatores responsáveis.

“A pessoa deve corrigir sua alimentação, que tá muito errada. Nosso genoma tem mais de 20 mil anos, nunca mudou. Antigamente, a alimentação era mais cetônica, se comia gordura e não fazia mal”, diz Petrônio Araújo. “Agora as crianças estão comendo muito errado, o que aumenta doenças vasculares, diabetes, muito devido aos hábitos alimentares, o sedentarismo”.

O cardiologista recomendou atitudes contra esses tipos de doenças associadas ao coração, como se expor ao sol por 20 minutos, entre 10h e 14h. “Fica 20 minutos, que já produz 20 mil unidades de vitamina D3”, disse ele, acrescentando que, em caso de magnésio baixo no organismo, o paciente pode buscar fortalecimento em folhas verdes e cápsulas suplementares.

Confira o Agenda da Semana – 10/03/2024