Suspensas no início da pandemia, as cirurgias eletivas – as que consideradas não urgentes, por não representarem risco iminente de morte – continuam sem uma data exata para serem retomadas de maneira efetiva. Pelo menos isso ainda não foi anunciado pelo Governo do Estado. Segundo a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde), deve ser “apresentada a proposta de retomada efetiva das cirurgias eletivas até o final desta semana”.
Para este retorno, segundo a Saúde, está sendo avaliada a contratação de empresa especializada no fornecimento de serviços médicos nas áreas de cirurgias geral, obstetrícia, otorrinolaringologia e anestesiologia, para atender a atual demanda de cirurgias eletivas do Estado de Roraima.
As especialidades que envolvem cirurgia geral representam a principal demanda reprimida no Estado, como as de vesícula, hérnia, oncológicas e ortopédicas. No entanto, as cirurgias em outras áreas como a ortopedia também estão entre as prioridades. Uma das estratégias, segundo o Governo, está a tentativa de retomada do convênio com o Instituto Nacional de Ortopedia e Traumatologia (Into). Até 2017, uma equipe da unidade era trazida para Roraima, para mutirões de cirurgias de alta complexidade.
Segundo a secretaria, a retomada dos procedimentos eletivos envolve discussão de medidas junto ao Conselho Estadual de Saúde de Roraima.
Sesau não tem o número exato de pessoas na fila
Questionada sobre a quantidade de cirurgias na fila de espera, a Secretaria não respondeu um número exato, nem aproximado, mas adiantou que realizará um recadastramento para obter o número real de pessoas que estão na fila e que aguardam por cirurgias eletivas.
Durante depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, no Senado, o ex-secretário de Saúde, Airton Cascavel, informou que este número seria de aproximadamente 8 mil pessoas.
Segundo a Sesau, este recadastramento de pacientes será feito por meio de um aplicativo, por meio do qual, todos os pacientes serão contatados pelo setor responsável.