No Brasil, o dia do nutricionista é celebrado no dia 31 de agosto. A profissão atua em diversas áreas, inclusive, com tratamento de diversas doenças. Uma das formas de atuar como nutricionista é acompanhando crianças com o transtorno do espectro autista, ajudando a introduzir uma alimentação saudável e combatendo a alimentação seletiva.
Ana Carla Martins trabalha nessa área desde agosto do ano passado, e conta sobre a importância do acompanhamento. “A nutrição no autismo é importantíssima tendo em vista que grande parte dessas crianças têm seletividade alimentar, sendo em alguns casos bem severas, se alimentando apenas com um ou dois alimentos por dia, tendo a necessidade de um aporte nutricional maior” destacou.
Nesses casos, é iniciado o processo de terapia alimentar. “Grande parte das crianças com seletividade, vêm acompanhadas com resistências para experimentar novos alimentos, nesses casos é indicado a terapia alimentar, nas terapias será feito a aproximação com os alimentos na sua forma in natura a depender de cada criança e de suas necessidades e limitações, pois o trabalho terapêutico é feito para aproximar a criança de forma segura e sem causar traumas ou medo dos alimentos”, afirma Ana Carla.
Segundo a profissional, o acompanhamento melhora a qualidade de vida do paciente. “Esse trabalho com os alimentos proporciona uma qualidade de vida melhor para essas crianças e contribui para desenvolvimento em outras terapias, pois com o aporte nutricional correto, eles vão conseguir ter um melhor desenvolvimento em todas as fases da vida”
Para a nutricionista, trabalhar com o público infantil era uma vontade desde antes da formatura. “Desde o início da minha graduação eu sempre quis trabalhar com crianças, ao chegar no meio do curso, comecei a trabalhar em uma clínica que atende crianças com autismo, em específico com uma psicóloga, que me orientou sobre os cursos de nutrição em autismo. Desde o primeiro curso, me encantei pela área, hoje é meu público alvo, e a cada dia procuro mais e mais especializações para sempre proporcionar o melhor a cada um deles”, contou.
“Cada paciente é único, e cada evolução por mais simples que seja é uma vitória, vê que o paciente chegou à terapia não tolerando nem ficar no mesmo ambiente do alimento, e com um trabalho conjunto do profissional com a família para chegar no objetivo final que é proporcionar uma melhor qualidade de vida para essa criança, vê a alegria e satisfação da família é o melhor presente”, disse Ana.