A chegada do inverno traz, além de tempo frio e comidas quentes, o aumento de casos de doenças respiratórias, especialmente entre crianças e idosos. Os casos mais comuns envolvem gripes e resfriados, mas, se não forem tratados, podem piorar e se transformar em uma pneumonia. No entanto, felizmente, existem métodos para melhorar a imunidade e evitar doenças durante o inverno.
O tempo frio faz a imunidade ficar baixa?
Embora seja de conhecimento comum que o tempo frio causa uma diminuição do sistema imune, essa informação não passa de um mito. Não existem indícios científicos que correlacionam a baixa imunidade com o clima mais frio.
Na verdade, o que ocorre é que, nos períodos mais frios do ano, as pessoas ficam mais tempo dentro de casa ou do trabalho, em ambientes com portas e janelas fechadas para evitar a entrada de ar frio, porém isso faz com que qualquer vírus que alguém no ambiente esteja carregando também fique preso junto das pessoas, podendo, por consequência, se propagar de maneira mais fácil.
O tempo frio, no entanto, ajuda na sobrevivência dos vírus, já que a incidência solar de raios UV é menor, assim os vírus conseguem sobreviver no ambiente externo por mais tempo. Outro fator é que o ar frio e seco causa o ressecamento das mucosas das vias respiratórias, o que facilita o contágio.
Como melhorar a imunidade durante o inverno?
Para ajudar nosso corpo a melhorar o sistema imune durante o inverno, é preciso adotar algumas práticas e hábitos simples, mas que podem fazer toda a diferença. O primeiro passo é sempre se manter hidratado, pois consumir água com frequência durante o dia ajuda o corpo a manter as mucosas das vias respiratórias, que atuam como uma barreira natural contra vírus e bactérias, e o consumo de água também ajuda o corpo a eliminar toxinas e a manter as reações químicas das células no nível adequado.
A alimentação também tem um papel crucial na manutenção do sistema imunológico. Consumir frutas cítricas ricas em vitamina C, como limão, laranja, tangerina, acerola e abacaxi, ajuda a manter baixos os níveis de radicais livres nas células, além de sua função antioxidante.
Alho e gengibre são dois alimentos que não devem faltar na alimentação, porque são antibactericidas e anti-inflamatórios naturais que ajudam no combate à proliferação de vírus e bactérias.
Também não pode ser descartado o uso de suplementos vitamínicos ricos em complexos A, D, E, zinco e selênio, pois todas essas vitaminas atuam diretamente no sistema imunológico, aumentando a produção de anticorpos naturais. Outro produto que poucos podem saber que tem propriedades que ajudam o sistema imunológico é o suplemento glutamina, muito utilizado por atletas durante os treinos.
A glutamina é um aminoácido natural presente no corpo humano (uma cadeia de aminoácidos formam a proteína, que, por sua vez, forma os músculos) durante o período de treinos. O consumo de glutamina faz com que a recuperação celular das fibras musculares seja mais rápida, afinal, a glutamina é o aminoácido tijolo que forma o músculo. A glutamina também evita o catabolismo, situação quando o corpo consome os músculos ao invés da gordura durante treinos intensos.
Por fim, a glutamina também aumenta a produção de linfócitos (células responsáveis pela defesa do corpo) e regula o metabolismo dos tecidos musculares.