Ter uma boa autoestima pode ser muito mais do que ter muitos likes e seguidores na web. Muitas vezes, as pessoas confundem a popularidade na internet com uma boa autoestima.
A psicóloga Ana Paula Araújo explica que a autoestima é fundamental para o bem-estar mental e físico de qualquer pessoa, já que a aceitação de si mesmo se reflete em cada aspecto da vida, porém a relação dessa sensação com os likes nas redes sociais pode ser péssima para a saúde mental.
“Essa é uma relação extremamente perigosa, pois está atrelada necessidade de aprovação externa, que pode acabar minando o bem estar. A internet é maravilhosa quando usada da maneira correta, mas quando se estabelece um vínculo disfuncional como este que pode acabar ocasionando uma distorção da própria imagem ou dependência da aprovação alheia pode ser ruim” explica.
Para a psicóloga existem coisas que são mais eficientes para a autoestima do que as redes sociais (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Como desenvolver uma boa autoestima?
Para desenvolver uma boa autoestima é necessário que a pessoa se perceba tanto em qualidades como em defeitos. É necessário que se inicie na infância e continue durante toda a vida. “Diferente do que muitas pessoas pensam, a autoestima não está ligada somente à autoimagem, mas também ao autoconhecimento e ao reconhecimento do seu valor é merecimento. É necessário que se entenda que a autoestima não é como os outros nos veem e percebem, mas sim como nós cuidamos, amamos, nós recompensamos e acreditamos no nosso potencial” explica a psicóloga.
Quais os benefícios da autoestima para a saúde mental?
A especialista explica que a autoestima tem inúmeros benefícios que podem ser usados para ter uma vida mais saudável, como por exemplo ser uma pessoa mais autônoma e independente, onde cada um se sentirá mais livre e seguro nas tomadas de decisões.
“Estabelecer vínculos saudáveis e equilibrados, eliminando o medo de perder os outro e a dependência emocional. Pode acabar com seu medo de não ser aceita ou aprovada, relacionando-se melhor com as pessoas e lidando melhor com as críticas. Aumentar a eficiência nas tarefas que precisa fazer, aumentando o sentimento de capacidade e competência. Além de aumentar as emoções positivas, que serão fortes aliadas no combate a ansiedade e depressão” reforça.
Autoestima mais alta que os likes
Para a psicóloga existem coisas que são mais eficientes para a autoestima do que as redes sociais. São elas: A sensação de eficiência, de conseguir estabelecer metas próprias e alcançá-las, ter relações saudáveis onde se há muito respeito e amor, onde ninguém precisa depender do feedback positivo do outro pra ser feliz ou estar bem consigo. Ter um tempo de autocuidado para si. Sentir orgulho de si próprio, ter a sensação de que merece tudo o que tem, de que se é feliz e ser fiel a si e ao que acredita.
“Não é algo mensurável como likes e seguidores, mas com toda certeza é algo que trás muito mais benefícios a curto e longo prazo” finaliza Ana Paula.
Por Raísa Carvalho