Durante o verão, o uso frequente de protetor solar e bronzeador aumenta a incidência de conjuntivite tóxica. Outro agravante da doença tem sido o uso de repelentes contra insetos. Em contato com os olhos, estes produtos químicos causam inflamação da conjuntiva, membrana transparente que reveste a pálpebra e a superfície do olho. Pode ocorrer em apenas um olho ou nos dois e o tratamento normalmente consiste em suspender a substância sensibilizadora.
“A conjuntivite tóxica causa lacrimejamento aquoso e transparente e não costuma durar muitos dias, com exceção de agentes contaminadores muito fortes que estendem o período da doença”, explica o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugenio. Além de lacrimejamento, a conjuntivite tóxica costuma deixar os olhos vermelhos e com sensação de areia, o que causar coceira ou dor.
O médico recomenda utilizar protetores solares oftalmologicamente testados, que vão proteger a área dos olhos sem causar inflamação. Já os protetores solares comuns, bronzeadores e repelentes devem ser aplicados no rosto evitando a região dos olhos, sem excessos. Quanto aos produtos em spray, devem ser borrifados primeiramente na palma da mão e não diretamente no rosto. Após a aplicação, é importante lavar as mãos e, de tempos em tempos, enxugar o suor ao redor dos olhos com lenço de papel.
Caso o produto químico penetre os olhos, o primeiro passo a ser tomado é interromper o uso da substância e lavar bem os olhos com água corrente ou filtrada. A remoção do agente causador costuma ser suficiente para sanar o problema. O uso de lágrimas artificiais, preferencialmente sem conservantes, ajuda a aliviar o incômodo.
A patologia também pode ser causada por drogas, como antivirais e anti-glaucomatosos, colírio medicamentoso, produtos de limpeza, poluentes industriais ou fumaça de cigarro, sabão, sabonetes, spray, maquiagens, cloro e tintas para cabelo.