ESTUDOS APONTAM

Consumo de cerveja pode ajudar na prevenção contra Alzheimer

No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano.

Pesquisa foi conduzida na Universidade de Milano-Bicocca, na Itália (Foto: Pexels)
Pesquisa foi conduzida na Universidade de Milano-Bicocca, na Itália (Foto: Pexels)

Pesquisadores da Universidade de Milano-Bicocca, na Itália, descobriram que a cerveja pode desempenhar um papel fundamental na prevenção do Alzheimer. Em meio aos esforços da indústria farmacêutica no combate à doença, o estudo revelou que um composto presente na bebida, o extrato das flores de lúpulo, pode contribuir para a proteção da função cognitiva, retardando o surgimento dos danos cerebrais característicos do Alzheimer.

O lúpulo, utilizado como agente estabilizador em diversas variedades de cerveja, foi investigado pelos cientistas que analisaram quatro tipos comuns de extratos de flores de lúpulo: Cascade, Saaz, Tettnang e Summit. Estes extratos foram expostos a proteínas amiloides e células nervosas humanas, demonstrando capacidade de impedir a formação de aglomerados de proteínas beta amiloides ao redor das células. Além disso, o lúpulo apresentou propriedades antioxidantes, protegendo as células do corpo.

Outra descoberta do estudo foi que os extratos de lúpulo desencadearam um processo de renovação celular conhecido como vias autofágica, onde o corpo decompõe e reutiliza partes de células antigas, otimizando a eficiência celular. Esse composto benéfico está presente em todas as produções de cerveja, embora em quantidades variáveis, e também pode ser encontrado em chás de ervas e refrigerantes.

O Alzheimer, que afeta 44 milhões de pessoas no mundo, é caracterizado pela deterioração cognitiva e da memória, impactando as habilidades de pensamento e a realização de tarefas cotidianas. De acordo com a Alzheimer’s Association, a doença resulta de fatores como genética, estilo de vida e ambiente, sendo associada à aglomeração de proteínas beta amiloides no cérebro, que interferem na função celular.

Embora não exista uma cura definitiva para o Alzheimer, o acompanhamento médico pode controlar os impactos da doença. No Brasil, os centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento abrangente e gratuito, incluindo uma abordagem multidisciplinar e medicamentos que auxiliam na desaceleração da progressão dos sintomas.