Saúde e Bem-estar

Contar mentiras pode ser transtorno psicológico

O dia 1 de abril é lembrado como o dia da mentira

Inventar uma história pode parecer algo inofensivo, mas quando o hábito começar a acontecer com frequência e são recursos usados para ajustar situações e evitar dores, o hábito pode ser sintoma de algum transtorno psiquiátrico, disse o psiquiatra Alberto Iglesias. Ele explica que contar histórias falsas de forma sistematizada é uma doença, conhecida como mitomania.

“Contar mentiras e criar situações irreais em que você acredita nela pode ser sintomas de vários transtornos, e para isso é preciso ser feito um diagnóstico correto que irá explicar porquê o paciente mente tanto. Quando existe um cenário ou uma realidade paralela em que o paciente acredita que aquilo seja verdade pode ser sintoma de várias doenças, entre elas, a esquizofrenia, mas quando a pessoa se sente confortável e realizada com a mentira e usa aquilo como uma forma de sentir prazer, aí pode ser, a mitomania” relata.

Segundo o médico, a mitomania é mais ligada ao funcionamento psíquico. “O problema não pode ser confundido com ações de estelionatários e corruptos onde os mentirosos que sabem que estão fazendo algo errado, mas cometem estes erros para se beneficiar dos golpes. O mitômano tem uma espécie de delírio e fantasia” ressalta.

O que é mitomania?

(Foto: Diane Sampaio/FolhaBV)

A mitomania é um distúrbio de personalidade onde o paciente possui uma tendência compulsiva pela mentira. Esta doença é também conhecida como mentira obssessivo-compulsiva.

Uma das grandes diferenças do mentiroso esporádico ou “tradicional” para o mitômano, é que no primeiro caso o indivíduo não tem resistência em admitir a verdade, enquanto o portador da compulsão por mentir usa a mentira em proveito próprio ou prejuízo de outro de forma imoral e insensível, sem sentir necessidade de desfazer o engano.