AGENDA DA SEMANA

"Covid-19 não está mais fraca; estamos mais protegidos", ressalta médico sobre pandemia

Médico discute sintomas prolongados, complicações de doenças como catapora e herpes zóster, e desafios na imunização

médico Dr. Mauro Asato abordou os riscos de complicações por viroses, a importância da vacinação
Médico Infectologista, Mauro Asato, atuou na linha de frente no tratamento da COVID (Foto:Nilzete Franco/FolhaBV)

Em entrevista ao programa Agenda da Semana deste domingo (6), o médico Dr. Mauro Asato abordou os riscos de complicações por viroses, a importância da vacinação e os desafios no combate a doenças como catapora, herpes zóster e Covid-19. A conversa também destacou a necessidade de cuidados prolongados em casos de sintomas persistentes e a desigualdade no acesso a imunizantes na rede pública.

Sintomas prolongados e complicações

O médico alertou que, embora viroses respiratórias e gastrointestinais geralmente tenham duração de 7 a 10 dias, sintomas como cansaço, falta de ar e diarreia podem persistir, exigindo atenção médica. “Se houver complicações, como pneumonia, é preciso procurar um profissional”, afirmou. Ele ressaltou que hidratação e isolamento são essenciais para evitar a propagação de doenças, especialmente em surtos como os de catapora, que podem durar meses.

Herpes zóster e a “cobreira”

Dr. Asato explicou que o herpes zóster (popularmente chamado de “cobreiro”) é uma reativação do vírus da catapora, que fica dormente no organismo. “Quando a imunidade cai, o vírus se manifesta, causando dor intensa e lesões na pele”, disse. O médico destacou que a neuralgia pós-herpética pode persistir por até seis meses e que a vacina, disponível apenas na rede privada, é crucial para idosos e imunossuprimidos.

Vacinação e desigualdade de acesso

Questionado sobre a ausência de vacinas como a da bronquiolite no SUS, o médico reconheceu a limitação de recursos. “Na saúde pública, priorizamos as populações mais vulneráveis. Enquanto não há verba para incorporar todas as vacinas, muitas ficam restritas à rede privada”, explicou. Ele citou como exemplo a vacina contra HPV, ampliada para crianças até nove anos, mas ainda não universalizada para adultos.

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Covid-19 e lições aprendidas

Sobre a pandemia, Dr. Asato — que contraiu Covid-19 em 2021, mesmo após duas doses da Coronavac — destacou que a proteção vacinal não é imediata e varia conforme a resposta imunológica de cada pessoa. “A potência do vírus não diminuiu; o que mudou foi nossa capacidade de resposta”, afirmou. Ele também criticou o medo de procurar hospitais durante a pandemia, que atrasou tratamentos e agravou casos.

Acidentes e trauma

A entrevista encerrou com um relato sobre o amigo Ferrinha, vítima de um atropelamento por motorista embriagado. Dr. Asato destacou que traumas são uma das principais causas de internação no Hospital Geral de Roraima e reforçou a necessidade de fiscalização no trânsito.

Confira a entrevista completa:

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