PREVENÇÃO

Crianças de até nove anos são mais suscetíveis à óbitos por dengue

O período avaliado foi das 10 primeiras semanas epidemiológicas de 2024, contabilizadas até 09 de março

É necessário evitar locais que possam acumular água (Foto: Carlos Rocha)
É necessário evitar locais que possam acumular água (Foto: Carlos Rocha)

Um índice alarmante apontou que a maioria das mortes causadas por dengue em 2024 no Rio de Janeiro foram de crianças de até nove anos de idade, o que indica que crianças menores estão mais suscetíveis a falecer da doença. O Ministério da Saúde já registrou mais de 2 milhões de casos de dengue no país somente este ano.
Os dados são do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. O período avaliado foi das 10 primeiras semanas epidemiológicas de 2024, contabilizadas até 09 de março.
A pesquisa aponta que foram registrados 52 óbitos por dengue no Rio de Janeiro em 2024, sendo 16 confirmados e 36 em investigação. Do total, 76,9% das vítimas tinham menos de nove anos de idade. As vítimas que tinham menos de cinco anos de idade representam 44,2% dos óbitos. A faixa etária entre cinco a nove anos de idade representa 32,7%. Os demais, 23,1%, representam crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.


O estudo indicou ainda que houve um aumento de mortes de 21,2% na 10ª semana epidemiológica em comparação à 9ª semana, o que indica uma necessidade de ações de prevenção à doença.
Sobre casos notificados, até o momento foram registrados 239.402 casos em crianças de até 14 anos. O percentual é maior para as crianças mais velhas. Foram registrados 24,5% em crianças menores de cinco anos, 33,7% em crianças entre cinco e nove anos e 41,8% em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

Ministério da Saúde alerta sobre sintomas iniciais e formas de prevenção

Considerando o aumento de óbitos registrados por dengue, o Ministério da Saúde reforçou a importância de métodos preventivos da doença, especialmente a eliminação dos criadouros de mosquitos.
As dicas são limpar bem as calhas das casas, colocar pneus em locais cobertos, adicionar areia nos vasos de plantas, amarrar bem os sacos de lixos, manter a caixa d’água bem fechada, não acumular entulho e esvaziar garrafas, potes e outras embalagens que possam acumular água.Outro passo importante é receber os agentes de saúde e de endemia, quando fizerem visitas nos bairros e procurar adotar medidas de autoproteção como utilizar mosquiteiros, repelentes, calças e camisas de mangas compridas.
Os principais sintomas da dengue são febre alta e/ou persistente, diarreia e/ou dor forte na barriga, pressão baixa, náusea e vômitos, dor de cabeça ou atrás dos olhos, diminuição da urina, sangramento espontâneo, dores musculares e nas articulações, manchas vermelhas, extremidades frias e agitação ou sonolência.
Vale lembrar que em Boa Vista, as equipes de combate às endemias da capital apontaram baixo risco para transmissão de dengue, zika e chikungunya na Capital. Ainda assim, em caso de sintomas, o ideal é procurar a ajuda de um profissional da saúde.