A diabetes é uma doença grave que atinge também crianças e adolescentes. Os cuidados durante o período escolar precisam ser redobrados, causando uma série de preocupações aos pais e responsáveis. De acordo com o médico endocrinologista Cesar Penna, a rotina exige não só cuidados com a alimentação, mas o monitoramento frequente da taxa de açúcar no sangue.
“Quando as crianças estão em casa, os cuidados geralmente são dos responsáveis, mas na escola, as crianças precisam muitas vezes se cuidar sozinha, a doença exige cuidados diários, como alimentação regrada e, em alguns casos, até aplicação de insulina diversas vezes ao dia” relata.
Segundo o Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a criança e adolescente com diabetes deve, primeiramente, ter uma alimentação adequada e saudável no ambiente escolar.
O grande problema é que nem sempre as escolas oferecem alimentos saudáveis. Com isso, o melhor seria mesmo uma lancheira planejada com iogurtes ou sucos naturais sem açúcar, sanduíches leves, biscoitos, bolos ou cereais integrais e frutas” aconselha.
A diabetes é uma doença grave que atinge também crianças e adolescentes (Foto: Divulgação)
Segundo o médico, os pais podem comunicar a escola a necessidade de alimentos saudáveis com opções mais restritas. “Os adultos podem auxiliar fazendo o cálculo da quantidade exata de insulina para cada refeição. A Escola precisa estar informada sobre o diagnóstico e tratamento que seus filhos estão realizando no momento: desde as doses de insulina, o grau de controle do diabetes, os casos de hipoglicemia e até as necessidades alimentares” diz.
Em casos, onde as crianças que precisam de ajuda para tomar insulina, os pais podem procurar escolas que oferecem enfermeiros ou outro profissional que se dispõe a arcar com os cuidados necessários com monitorização de glicose e aplicação de insulina. “O mais provável é adequar os horários da escola com os horários das injeções diárias.
“Atualmente, existem escolas “amigas da criança com diabetes”, que oferecem profissionais que se dispõem a ajudar no controle da glicemia e até mesmo aplicam a insulina, mas não é uma obrigação de todos os locais de ensino” disse.
É preciso adequar lancheiras especiais para as crianças (Foto: Divulgação)