A discussão sobre preconceito contra a população LGBT+ no Brasil tem se intensificado nos últimos anos. Mas essa parcela de brasileiros ainda enfrenta problemas, como por exemplo, nos cuidados com a saúde. Um estudo realizado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), publicado nesta segunda-feira,14, mostra as dificuldades enfrentadas por LGBT+ que precisam de atendimentos médicos.
A pesquisa ‘População LGBTQIA+: diversidade, direitos e acesso a serviços de saúde no Brasil’, analisou estudos publicados anteriormente, dados governamentais, publicações oficiais e documentos técnicos, dados e informações produzidos por organizações da sociedade civil que atuam com os direitos LGBT+. Também foram analisadas matérias e reportagens jornalísticas e foi feita uma entrevista com especialistas e ativistas entre julho e setembro do ano passado.
Confira alguns resultados
Consultas Cotidianas
De acordo com o 1º Lesbocenso Nacional: Mapeamento de Vivências Lésbicas no Brasil, um quarto das mulheres ouvidas pelo estudo revelou ter sofrido algum tipo de violência ou discriminação em atendimentos dinecológicos.
A pesquisa mostrou também que 72,94% das entrevistadas tinham algum receio ou constrangimento em revelar a própria orientação sexual em um atendimento de saúde.
Vida Reprodutiva
A população trans também relatou problemas envolvendo profissionais de saúde. O dados mostram que homens trans muitas vezes não conseguem as orientações necessárias sobre planejamento reprodutivo e métodos contraceptivos.
Um levantamento publicado em 2023 pelo Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT), indicou que 28,12% dos entrevistados tiveram a identidade de gênero desrespeitada durante a gestação.
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