Conteúdos de autocuidado na internet tem crescido nos últimos anos. Os cuidados com a pele, famosas skincares, são os mais populares entre o assunto, blogueiras e personalidades da internet tem influenciado crianças e adolescentes cada vez mais cedo. Mas, esses cuidados exagerados no público infantil são realmente necessários? A dermatologista Paula Colpas explica os riscos.
Dados recentes apontados pelo portal Statista, indicam que o mercado de cosméticos para a pele de crianças e bebês deverá alcançar a casa do bilhão até 2028, apresentando uma taxa d crescimento anual de 7,71% , chegando a atingir 160,7 milhões de pessoas. Ou seja, o público pré-adolescente, 10 a 14 anos, deve ser o novo alvo das marcas de cosméticos e cuidados com a pele.
Segundo Paula Colpas, a desinformação é a palavra-chave quando se trata da questão de skincare precoce.
“A pele da criança antes da adolescência é mais sensível e mais fina. A ação das glândulas sebáceas que protegem a pele, é reduzida até os 12 anos, o que deixa a cútis mais sucetível às substâncias químicas”, alerta a dermatologista.
A partir disso, Paula explica que o cuidado em excesso com a pele e o uso de produtos inadequados para a idade podem causar diversos danos.
“Os efeitos colaterais podem vir em dermatites de contato, alergias, irritações, surgimentos de acne e até mesmo intolerância solar. O aumento da oleosidade é típico nesta idade, por conta da puberdade, e muitas vezes não há a necessidade do uso de tantos produtos”, finalizou a dermatologista.
Quais cuidados com a pele devem ser feitos para as crianças e pré-adolescentes?
Paula Colpas afirma que a limpeza, hidratação e protetor solar, sempre feitos com produtos suaves e adequados para cada faixa etária são os recomendados. A única exceção, segundo ela, é caso da criança apresentar alguma doença de pele, como dermatite ou alergias. Em qualquer caso, sempre é indicado uma consulta com dermatologistas.