Por preconceito e medo, muitos homens ainda deixam de se submeter aos exames preventivos do câncer de próstata, a segunda maior causa morte de pessoas do sexo masculino, depois do câncer de pulmão. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), haverá surgimento de 20 milhões de casos novos de câncer. Metade dos afetados vem à óbito. No Brasil, 30% dos mais de 60 mil novos casos de câncer em homens correspondem à incidência de tumores prostáticos .
Caso houvesse maior conscientização sobre os benefícios do diagnóstico precoce, além das chances de cura, haveria uma substancial redução nos custos do tratamento, alerta o Médico e especialista em diagnóstico por imagens Marcos Albuquerque.
Diante dessa constatação ele lembra a importância da campanha Novembro Azul, um movimento que surgiu na Austrália, em 2003, e mais recentemente no Brasil, de alerta sobre a necessidade de os homens cuidarem melhor de sua saúde, especialmente nos cuidados preventivos, como o toque retal, onde o médico urologista ou não pode perceber o aumento da glândula, e o do PSA, exame de sangue pelo qual pode-se detectar a enzima produzida pela próstata.
“As mulheres desde jovem se preocupam consigo mesma, e são habituadas a fazer exames e frequentar os médicos, devido a menstruação, a maternidade e vários outros motivos, e o homem é mais ‘relaxado’ a esse ponto, então o Novembro Azul trabalha com esses dois problemas, primeiro o tabu do exame de próstata e segundo por ser uma doença silenciosa” explicou.
Novembro Azul
O Novembro Azul, campanha mundial que visa chamar a atenção da população, sobretudo a masculina para os cuidados com a saúde do homem. A proposta é mobilizar os brasileiros para um check up e tudo que abrange a saúde do homem será foco das equipes de saúde, unidade central e bairros, durante este mês.
O ideal é começar a fazer esses exames anualmente a partir dos 50 anos (Foto: Divulgação)
Não adianta fugir
» Entre 10% e 20% dos casos não são detectados pela dosagem de PSA no sangue. O exame de toque e o PSA são complementares
» Fatores de risco: idade, histórico familiar, raça (maior incidência em negros), alimentação inadequada, sedentarismo * e * obesidade
» Prevenção: não é possível evitar a doença. Mas pode-se diagnosticá-la precocemente, quando as chances de cura são de cerca de 90%.
Fonte: Instituto Lado a Lado pela Vida