A vesícula biliar é um órgão localizado próximo ao fígado e tem como função armazenar a produção do suco biliar, que ajuda na digestão dos alimentos gordurosos. Assim como qualquer órgão do corpo, a vesícula pode ser atingida por algumas doenças, que resultam no mau funcionamento do organismo. Uma delas é a ‘colelitíase’, ou ‘pedra na vesícula’, como é popularmente conhecida.
O cirurgião geral, Cláudio Linhares explicou como a doença ocorre, quais as causas e como evitar futuras complicações. Confira abaixo:
“Todo mundo tem vesícula e todo mundo tem bile, o que é importante pra poder fazer a digestão dos alimentos. O que acontece é que algumas vezes a bile fica mais espessa e se solidifica, formando cálculos dentro da vesícula e aí é onde entram as doenças da vesícula biliar”, explicou.
De acordo com Cláudio, as causas para as pedras na vesícula são várias, e são mais comuns em mulheres com mais de 40 anos. “Isso tem ligação com as alterações hormonais, já que podem comprometer o funcionamento da vesícula, favorecendo a formação dos cálculos”, informou.
“Apesar disso, a colelitíase pode acontecer entre adolescentes e jovens, já que também é associada ao fator hereditário e à alimentação rica em gordura, porque a alta produção de colesterol favorece a formação dos cálculos na vesícula biliar”, continuou.
Ainda segundo ele, a colelitíase é um problema que na maioria das vezes não provoca sintomas. No entanto, quando eles se manifestam, ocorre a dor abdominal intensa.
“Evitar o sobrepeso e procurar uma dieta equilibrada, pobre em gordura e sem frituras, ajuda a evitar a formação de cálculos, evitando também a crise da vesícula e a crise da dor’’, alertou Cláudio.
O médico informou que o tratamento mais aconselhado em casos de pedras na vesícula, é a cirurgia de remoção, mas ressaltou que nem todos pacientes precisam operar. “Só vai operar se o paciente já tiver tido crise de vesícula, ou dependendo do tamanho do cálculo. Cálculo muito grande acima de 2,5 centímetros, é preciso operar. Cálculo muito pequeno, abaixo de 0,5 centímetros, também tem que operar, porque pode gerar complicações”, concluiu.