Até o momento, não existe evidência científica de que a luz azul provoque dano aos olhos. Porém, de acordo com o oftalmologista Marcelo Moreira de Oliveira, o excesso dos dispositivos eletrônicos podem influenciar a visão. O resultado da exposição é o cansaço visual e o olho seco. Assim como qualquer órgão, a visão também cansa exatamente como as pernas, por exemplo, após praticarmos uma atividade física.
“Ao nos expormos às telas, diminuímos a frequência do piscar e, com isso, a renovação do filme lacrimal. Quando não renovamos o filme lacrimal na frequência adequada, a visão começa a se embaçar, temos a sensação de ardência e queimação dos olhos e, por fim, os olhos ficam vermelhos” explica o especialista.
O médico oftalmologista explica um método que pode ser adotado para que isso não aconteça, ‘a recomendação é que a cada 20 minutos de exposição, haja uma parada de 20 segundos para se observar um objeto a uma distância de 6 metros’.
“Quando o desconforto ocular já está instalado, recomenda-se o uso de lubrificantes oculares para alívio. Mais recentemente, estudos apontam que a exposição excessiva aos dispositivos eletrônicos pode contribuir para o avanço da miopia na população. Por este motivo, o intervalo a cada 20 minutos com a fixação do olhar para a distância é tão importante” diz.
Além disso, que se sabe é que a luz azul afeta o nosso ciclo vigília-sono, aquele que regula quando estamos acordados e quando temos que dormir.
“A luz azul contribui para nos deixar acordados. Portanto, a exposição noturna a ela pode tornar difícil o adormecer. Por este motivo, recomenda-se evitar a exposição à luz azul até 2-3 horas antes de dormir, principalmente para àqueles que já têm dificuldade” relata.