Dores de cabeça frequentes, estalidos ao abrir ou fechar a boca e dificuldades para morder e mastigar? Esses podem ser os principais sinais de que você está sofrendo com uma disfunção temporomandibular.
A DTM é resultado de um conjunto de condições médicas e odontológicas capazes de afetar a articulação temporomandibular – que é aquela que se localiza na frente dos ouvidos e conecta a mandíbula aos ossos do crânio, os músculos da mastigação e as estruturas da face.
Essa é uma das articulações mais complexas do nosso corpo e possui uma função vital: mover a nossa mandíbula para trás, para frente e para os lados, permitindo a nossa alimentação e comunicação. De acordo com a fonoaudióloga Evania Costa, a disfunção temporomandibular (DTM) é um termo coletivo que abrange uma série de problemas clínicos que envolvem os músculos da mastigação, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas.
“A DTM é uma causa comum de dor orofacial, sendo a dor o sintoma mais comumente associado. Outros sintomas frequentes são os ruídos articulares e movimentos mandibulares limitados e assimétricos”, explica.
Os sintomas associados à DTM incluem otalgia, plenitude auricular, acufenos, tonturas, dor do pescoço e cefaleias. “Uma das questões mais controversas está relacionada com a sua etiologia. Não há propriamente um fator etiológico para a DTM, mas sim vários fatores de risco que, isoladamente ou em conjunto, contribuem para a disfunção do sistema estomatognático. Assim, fatores anatômicos, patofisiológicos, psicossociais, hormonais, traumáticos e, inclusive, o gênero podem contribuir para o desenvolvimento de disfunção temporomandibular”, explica a especialista.
A doença pode ser dividida em dois componentes essenciais: muscular e articular. Alterações funcionais musculares são as queixas mais comuns. “De fato os doentes com DTM têm alteração dos músculos da mastigação, sendo a dor e disfunção miofascial o diagnóstico mais relevante. Stress, ansiedade e depressão são fatores de risco apontados para este tipo de patologia muscular”, completa.
No que se refere ao componente articular o diagnóstico mais comum são os desarranjos do complexo disco-côndilo. Nesta patologia há uma alteração do complexo disco côndilo, estando o disco normalmente deslocado anteriormente à cabeça do côndilo.
“A intervenção fonoaudiológica, consiste em restabelecer o tônus da musculatura na região e as funções estomatognática, a mobilidade mandibular, e resgatar a dimensão vertical para desenvolver o espaço articular e reduzir a dor”, relata.