![Com uma abordagem sensível e poética, A Queda do Céu se firma como um registro fundamental sobre a luta e a espiritualidade Yanomami (Foto: Divulgação) Com uma abordagem sensível e poética, A Queda do Céu se firma como um registro fundamental sobre a luta e a espiritualidade Yanomami (Foto: Divulgação)](https://uploads.folhabv.com.br/2025/02/jeEnJfL4-doclisboa-a-queda-do-ceu-critica.webp)
O documentário brasileiro A Queda do Céu, dirigido por Eryck Rocha e Gabriela Carneiro, finalmente ganhou data de estreia no Brasil. Depois de uma exibição marcante no Festival de Cannes 2024 e em mais de 60 festivais ao redor do mundo, o filme estará disponível na plataforma de streaming Gullane+ a partir do dia 7 de agosto.
O longa traz o testemunho do xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa e acompanha o importante ritual fúnebre Reahu, realizado pela comunidade de Watorikɨ em um esforço coletivo para “segurar o céu”. A narrativa apresenta uma crítica xamânica contundente sobre a exploração dos Yanomami pelo “povo da mercadoria”, aludindo ao impacto do garimpo ilegal e à disseminação de doenças trazidas por forasteiros, conhecidas como epidemias “xawara”.
O documentário destaca a riqueza da cosmologia Yanomami, a presença dos espíritos xapiri e a força geopolítica dessa cultura ancestral. A obra convida o público a uma reflexão profunda sobre a relação entre os povos indígenas e o mundo contemporâneo, abordando a resistência dos Yanomami diante das ameaças externas.
Com uma abordagem sensível e poética, A Queda do Céu se firma como um registro fundamental sobre a luta e a espiritualidade Yanomami, oferecendo ao espectador uma imersão em um universo de tradições, saberes ancestrais e desafios contemporâneos.