Deficiência visual cortical é o nome dado à cegueira ou baixa visão de origem cerebral. A doença não atinge diretamente os olhos, ela ocorre quando há alguma alteração no cérebro.
“Para que possamos enxergar, o olho capta as informações que estão ao nosso redor e envia para o cérebro, onde as imagens são processadas e identificadas como a visão propriamente dita. Nos casos de deficiência visual cortical, o olho está íntegro, mas a região do cérebro que processa as informações enviadas pelo olho está doente” explica a oftalmologista Eloisa Klein.
Quando a doença não é apresentada na infância, a causa mais frequente de deficiência visual cortical é o acidente vascular cerebral, AVC (popularmente conhecido como derrame).
“Em geral, o paciente sofre um episódio de AVC e percebe que não está enxergando. Pode ocorrer também após infecções cerebrais, intoxicação por mercúrio e álcool (etanol), entre outros” relata a oftalmo.
O diagnóstico é feito através de uma parceria entre o médico oftalmologista e o médico neurologista. Com a doença, o paciente pode ficar completamente cego. Nos melhores casos, o paciente consegue perceber vultos ou ter a capacidade de diferenciar entre claro e escuro.
“Nesse caso, o oftalmologista faz o exame detalhado dos olhos e atesta que não há problema com eles. O neurologista investiga a parte cerebral e detecta a alteração. Tristemente, na maior parte dos casos, a visão se torna completamente escura.” explicou.
Segundo a especialista, a chance de melhora visual é muito pequena e, quando acontece, não se trata de uma melhora expressiva.
“A maneira que se tem de evitar é cuidar da pressão arterial, ter hábitos saudáveis de vida, evitar o sal em excesso, evitar o abuso de álcool e cuidado com intoxicação por mercúrio” finaliza.
O que é? Deficiência visual cortical (DVC) é uma forma de deficiência visual causada por um problema cerebral mais que um problema no olho (deficiência ocular). O termo deficiência visual neurológica abrange tanto a DVC quanto a cegueira cortical total.