A fibromialgia é uma doença silenciosa, não detectável em exames laboratoriais e, entre os sintomas, estão dores intensas por várias partes do corpo que provocam fadiga, distúrbios do sono.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) calcula que a fibromialgia afeta cerca de 3% da população, quem sofre mais são as mulheres na faixa etária de 30 a 55 anos, porém existem casos em pessoas mais velhas, crianças e adolescentes.
Outro sintoma comum são os episódios depressivos. De acordo com o psiquiatra Alberto Iglesias, a depressão pode estar presente em 50% dos pacientes com fibromialgia. A dor crônica é um estado de saúde persistente que modifica a vida. O objetivo do seu tratamento é o controle, e não a eliminação.
“A dor muscular generalizada no corpo acompanhada de sintomas de fadiga, alterações de sono, memória e humor que podem ser de origem emocional, já que as emoções afetam a saúde física da mesma forma que o estado físico afeta a saúde emocional”, explica.
De acordo com o especialista, os sintomas podem começar após um trauma físico. Em outros casos, os sintomas se acumulam gradualmente ao longo do tempo sem que se consiga determinar os fatos geradores.
Por outro lado, não se pode deixar a depressão de lado ao avaliar-se um paciente com fibromialgia. “A depressão, por si só, piora o sono, aumenta a fadiga, diminui a disposição para o exercício e aumenta a sensibilidade do corpo. Ela deve ser detectada e devidamente tratada, se estiver presente. Muitos pacientes pensam que o tratamento da dor crônica melhorará a depressão, já outros pensam que o tratamento da depressão melhorará a dor.
Não se deve perder tempo em questionar quem chegou primeiro; tanto a dor quanto a depressão devem ser tratadas de maneira independente, e o tratamento de ambas trará benefícios para o paciente”, explica.
O psiquiatra relata que as dores corporais que têm origem emocional não devem ser ignoradas. Por estar relacionada com casos de depressão, muitas vezes a fibromialgia é vista como um transtorno apenas psicológico. “Muitas vezes o paciente considera algo de pouca importância. Sua saúde emocional é tão importante quanto sua saúde física; lembre-se que ambas estão intimamente relacionadas. “A dor crônica leva à depressão e a depressão leva à dor crônica. Hoje, a gente considera a depressão como fator agravante de quem tem fibromialgia”, finalizou.