Existem vários tipos de Glaucoma, entre eles, está o Glaucoma Neovascular (GNV), uma doença que segundo a oftalmologista Daniela Raposo tem difícil tratamento e prognóstico sombrio. Segundo a especialista, as causas mais comuns desse tipo de glaucoma são: Diabetes Mellitus (DM), oclusão da veia central da retina e oclusões das artérias carótidas.
“É subtipo de glaucoma secundário e está relacionado a condição isquêmica. A isquemia retiniana promove a liberação de fatores angiogênico, sendo o principal deles o vascular. Esses fatores promovem a formação de novos vasos (neovasos), que se desenvolvem de forma errática, formam uma membrana fibrovascular, que ao envolver o ângulo da câmara anterior (área de escoamento do humor aquoso), causa elevação da pressão intraocular (PIO). Os neovasos se proliferam na retina, na íris e no ângulo da câmara anterior” explica a oftalmologista.
Os principais sintomas são dor ocular e redução da acuidade visual. “O ponto-chave para uma boa evolução do quadro é a detecção precoce e o tratamento da doença. No passado, muitos pacientes com glaucoma neovascular terminavam em cegueira e com olho dolorido. No entanto, recentes estudos, especialmente os voltados para os anticorpos anti-fator de crescimento do endotélio vascular (anti-VEGF), que induz melhor controle da neovascularização do segmento anterior, têm apresentado melhores resultados com algumas opções de tratamento e o prognóstico para esta doença obteve uma certa melhora” explica.
Existem vários tipos de Glaucoma, entre eles, está o Glaucoma Neovascular; os principais sintomas são dor ocular e redução da acuidade visual (Foto: Divulgação)
O tratamento consiste na aplicação de um remédio específico antes de uma cirurgia ocular que leva a um menor risco de hemorragias, inflamação e fibrose, culminando em uma maior taxa de sucesso. O Tratamento utiliza o uso de medicações oculares, mas a grande maioria evolui para a necessidade de cirurgia.“Já os pacientes com visão útil e não responsivos ao tratamento clínico, beneficiam-se de cirurgias, preferencialmente, os dispositivos de drenagem (tubos), que são implantes artificiais de acrílico ou silicone dotados de um tubo de silástico (plástico)” explicou.