
A 12ª edição da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose será realizada em Boa Vista (RR) no dia 29 de março de 2025. O evento, que ocorrerá simultaneamente em mais de 75 países, visa aumentar a conscientização sobre o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença.
Além de Boa Vista, outras três cidades brasileiras participarão da caminhada: Brasília (DF), Feira de Santana (BA) e São Paulo (SP). A concentração está marcada para às 9h (horário de Brasília), e a caminhada prevista para às 10h.
Para participar, basta realizar seu cadastro gratuitamente por meio de formulário online. Mais informações estão disponíveis no Instagram @aendoeeu.
A ação busca envolver a comunidade local na luta por políticas públicas que garantam tratamento eficaz para as mulheres afetadas pela endometriose. Mulheres, familiares e profissionais de saúde serão incentivados a se unir pela causa, fortalecendo a visibilidade da doença, que ainda enfrenta desafios no diagnóstico e acesso a tratamentos adequados.
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O que é endometriose e a importância da conscientização
A endometriose é uma doença crônica, caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora do útero. Esse tecido pode ser encontrado nos ovários, trompas de falópio, intestinos, bexiga e até mesmo em órgãos mais distantes. A condição causa sintomas como cólicas intensas, dor durante e após as relações sexuais, sangramentos anormais e dificuldades para engravidar.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estima-se que cerca de 10% das mulheres em idade fértil sofram com a doença, o que equivale a mais de 10 milhões de mulheres no Brasil. Apesar da alta incidência, o diagnóstico da endometriose pode levar de 7 a 12 anos, uma vez que os sintomas são frequentemente confundidos com outros problemas de saúde, como cólicas menstruais comuns.
“A marcha é o único evento legítimo mundial de reivindicação pelos nossos direitos, pelo diagnóstico precoce, reconhecimento da endometriose como doença social, e a criação de políticas públicas para que haja tratamento efetivo pelo SUS em pelo menos todas as capitais do país”, afirma Caroline Salazar, capitã brasileira da EndoMarcha, jornalista e autora do blog A Endometriose e Eu e criadora do Clube EndoConectad@s.