Quem nunca tomou um remédio sem prescrição após uma dor de cabeça ou febre? Ou pediu opinião a um conhecido sobre qual medicamento ingerir em determinadas ocasiões? A
automedicação, muitas vezes vista como uma solução imediata de alguns sintomas pode trazer consequências mais graves do que se imagina.
De acordo com uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia, quase metade da população se automedica pelo menos uma vez por mês, e 25% faz isso todo dia, ou pelo menos uma vez por semana. Ainda de acordo com esse estudo estima-se que 77% dos brasileiros se automedica com frequência.
De acordo com o farmacêutico bioquímico, Roosevelt Pontes, isso se deve por vários fatores.
“A dificuldade de acesso à saúde pública, a demora nos resultados de exames, grandes filas de espera, ou até mesmo quando você sente uma dor e decide tomar um analgésico sem prescrição, acabam tornando essa prática comum entre os brasileiros”, explicou.
Roosevelt Pontes é farmacêutico bioquímico (Foto: Divulgação)
Ainda de acordo com Pontes, o uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar no agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas.
“O perigo de se automedicar é que você pode mascarar determinados tipos de doença e com isso vai ser difícil perceber os sintomas, e quando ela for percebida poderá estar em estado avançado”, alertou.
O bioquímico lembrou ainda que o uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.
“O que distancia um medicamento de ser um veneno é a dosagem. O uso abusivo e em excesso de medicamento pode se tornar um mal para sua saúde. Por isso é importante sempre consultar um farmacêutico, ou um médico antes de fazer o uso de um medicamento. Mesmo os analgésicos mais comuns”, completou.