Transtornos alimentares geralmente começam na infância e adolescência, mas pode ser evitada se houver diálogo em família e hábitos alimentares melhores. O exemplo de pais é fundamental não apenas na educação, mas também para que as crianças não desenvolvam hábitos alimentares ruins.
Manter uma alimentação saudável pode ser um grande desafio no mundo atual. A correria do dia-a-dia, a pressão da mídia da indústria alimentícia induza a maus hábitos alimentares impedem a criatividade e a variedade na hora de preparar e escolher os alimentos.
De uma maneira geral, os transtornos alimentares surgem na adolescência ou pré-adolescência e são incentivados por padrões de beleza ditados pela mídia e replicados pelos jovens como modelo a ser seguido.
Cabe aos pais ficarem atentos ao comportamento alimentar de seus filhos e além de conversar com eles sobre quais alimentos são saudáveis, não devem comprar e deixar disponíveis em casa alimentos que não são considerados adequados para uma alimentação saudável.
“Transtornos alimentares são doenças muito graves, com risco de complicações e que tem além das alterações alimentares, também pode interferir em transtorno de comportamento e autoestima” explica a pediatra Ana Carolina Brito.
Transtornos alimentares geralmente começam na infância e adolescência (Foto: Divulgação)
Caso seja diagnosticado a doença as crianças devem ser acompanhadas além do Pediatra, por nutricionista e psicólogo infantil.
“Uma vez que a imagem que a criança ou adolescente faz de si mesmo está abalada. É muito importante os pais ficarem atentos aos hábitos alimentares que orientam às crianças e principalmente aos hábitos alimentares que executam em casa, uma vez que crianças e adolescentes aprendem pelo exemplo que veem do comportamento dos próprios pais” ressalta.
Para a médica, o cuidado com a alimentação dos filhos deve começar durante a gestação, a mãe deve ter uma alimentação saudável para evitar diabetes gestacional, hipertensão arterial e ganho de peso exagerado ou desnutrição, pois repercute na saúde do bebê que está sendo gerado.
“O aleitamento materno exclusivo deve ser mantido até o sexto mês de vida e a mãe deve receber apoio e orientação do Pediatra, Banco de Leite e fonoaudiólogo sempre que precisar. Nesse período da vida o leite materno é o alimento mais completo para a nutrição e saúde do bebê. Nos casos em que o aleitamento materno não for possível ou precisar ser complementado, o Pediatra deve indicar fórmula láctea adequada;
Cabe aos pais ficarem atentos ao comportamento alimentar de seus filhos e além de conversar com eles sobre quais alimentos são saudáveis (Foto: Divulgação)
a partir do sexto mês de vida, o bebê deve receber purês de frutas e de legumes oferecidos com colher. “Os alimentos industrializados devem ser evitados nos dois primeiros anos de vida pensando em prevenir doenças crônicas na idade adulta. O sal e o açúcar também devem ser evitados no primeiro ano de vida. Crianças que se alimentam de maneira saudável adoecem menos e se desenvolvem melhor” reforça.