Febre do Oropouche: o que você precisa saber sobre a doença e seus sintomas

Até o momento, foram confirmados 288 casos da doença em Roraima

A febre do Oropouche é transmitida principalmente pela picada do mosquito maruim (Culicoides paraensis). (Foto: Reprodução/Freepik)
A febre do Oropouche é transmitida principalmente pela picada do mosquito maruim (Culicoides paraensis). (Foto: Reprodução/Freepik)

Recentemente, a Folha de Boa Vista divulgou que Roraima contabiliza 288 casos confirmados de febre do Oropouche, uma doença transmitida por mosquitos que tem gerado preocupação entre as autoridades de saúde. Mas afinal, o que é esse febre, como ela é transmitida e quais os principais sintomas?

Transmissão e sintomas

A febre do Oropouche é transmitida principalmente pela picada do mosquito maruim (Culicoides paraensis), mas outros vetores, como os flebotomíneos (mosquitos-palha), também podem veicular o vírus. A doença é endêmica em áreas tropicais da América do Sul e Central e apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, como febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares. Em casos graves, a infecção pode evoluir para encefalite, uma condição que provoca inflamação no cérebro.

O diagnóstico da febre do Oropouche é feito por meio de testes laboratoriais, principalmente o PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), que identifica a presença do material genético do vírus no organismo. A descentralização desses testes foi fundamental para o aumento na detecção dos casos, permitindo uma resposta mais ágil por parte das autoridades de saúde.

Prevenção e tratamento

Atualmente, não há um tratamento antiviral específico para a febre do Oropouche, sendo o manejo da doença focado no alívio dos sintomas. Devido a isso, a prevenção torna-se essencial. Medidas como o uso de repelentes, roupas de mangas compridas e a eliminação de locais com água parada, que são potenciais criadouros de mosquitos, são recomendadas pelas autoridades de saúde.

Rayene Sousa, enfermeira coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Estadual de Fevereiro (HEF), ressalta a importância dessas medidas. “A prevenção é a melhor forma de evitar a febre do Oropouche, especialmente em áreas com alta incidência de mosquitos. A conscientização da população sobre a necessidade dessas práticas é crucial para reduzir o risco de infecção”, afirmou.

Com o crescente número de casos em Roraima, é vital que a população esteja atenta aos sintomas da febre do Oropouche e busque atendimento médico imediato ao perceber qualquer sinal da doença. O diagnóstico precoce pode evitar complicações graves e garantir uma recuperação mais rápida.

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