Fiocruz identifica tendência de internação de crianças por vírus respiratório em Roraima

Amapá e Pará também tiveram aumento na tendência

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Principal aumento foi entre o público infantil (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Três estados da região Norte, Amapá, Roraima e Pará, registram tendência de aumento na internação de crianças pequenas por vírus respiratórios nas últimas seis semanas. A probabilidade de crescimento a curto e longo prazo ficou acima de 95%.

A informação está no Boletim InfoGripe, acompanhamento semanal feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na última quinta-feira (18). A análise abrange dados até a semana epidemiológica 28, de período de 7 de junho a 13 de julho.

Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) identificados pelo estudo, são causados principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus. O VSR acomete com muita frequência os primeiros meses de vida dos bebês e leva a casos como bronquiolite, doença que começa com febre, tosse, igual a outras doenças respiratórias, mas que progride para um quadro de cansaço e insuficiência respiratória.

Vacinação e cuidados

A vacinação de crianças menores de 5 anos já ocorre em outros países (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O atual cenário, na visão dos pesquisadores do InfoGripe, ainda requer atenção da área de saúde e cuidados por parte da população, como a necessidade de vacinação contra a covid-19 e influenza. A pesquisadora do Programa de Processamento de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, chama atenção ainda que outras recomendações importantes nesta época do ano são o uso de máscaras em locais fechados, em locais com menor circulação de ar e também nos postos de saúde.

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“Em caso de aparecimento de sintomas, além de procurar um médico, é importante, se possível, ficar em casa em isolamento, se recuperando e também evitando transmitir esses vírus para outras pessoas, principalmente para aquelas que fazem parte do grupo do risco e têm a chance de desenvolver um quadro mais grave dessas doenças, como idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, orienta.