O Ministério da Saúde incluiu hoje (20) a cloroquina, e seu derivado hidroxicloroquina, no protocolo de tratamento para pacientes com sintomas leves de covid-19. De acordo com o documento divulgado pela pasta, cabe ao médico a decisão sobre prescrever ou não a substância, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, com a assinatura do Termo de Ciência e Consentimento.
O governo alerta que, apesar de serem medicações utilizadas em diversos protocolos e de terem atividade in vitro demonstrada contra o coronavírus, ainda não há resultados de “ensaios clínicos multicêntricos, controlados, cegos e randomizados que comprovem o beneficio inequívoco dessas medicações para o tratamento da covid-19”.
Ainda assim, ao atualizar as orientações para o uso dos medicamentos, o Ministério da Saúde considerou a existência de diversos estudos e a larga experiência do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento de outras doenças infecciosas e de doenças crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A droga é, originalmente, indicada para doenças como malária, lúpus e artrite.
De acordo com a pasta, como também não existe, até o momento, outro tratamento eficaz disponível ou terapia farmacológica específica para covid-19, as novas orientações buscam uniformizar as informações para os profissionais da saúde no âmbito do SUS e orientar o uso de fármacos no tratamento precoce da doença.
Em Roraima, o médico cardiologista Petrônio Araújo publicou um vídeo defendendo o uso dos medicamento desde o início dos sintomas da doença.
De acordo com ele, os estudos feitos por instituições científicas estão sendo realizados de forma errada.
“Estão testando em pacientes em estágio avançado da doença, e não nos primeiros dias de infecção, e é nessa primeira fase que o remédio surte efeito”, disse.
Ainda segundo o cardiologista, o medicamento não causa arritmia cardíaca como alguns cientistas afirmam.
“A cloroquina sempre foi recomendada para malária e outras doenças, e pouco se falava em arritmia em pacientes que já usaram o remédio, que antes era vendido até mesmo sem receita. Eu, como cardiologista nunca vi uma arritmia causada por esse medicamento”, relatou.