A idosa Maria Perpétuo Socorro Bezerra da Silva, de 73 anos, reclamou nesta quarta-feira (15) que precisou marcar exames de rotina na Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), mas que as senhas já tinham acabado às 8h.
Sem transporte, ela andou quilômetros até a Folha para registrar a reclamação. “Hoje fui marcar um exame, saio do Centro, vou pro terminal lá em baixo, pego o ônibus, que demora tanto. Quando cheguei, já estavam encerradas as senhas. Agora é até 8h”, disse ela, que relata que, antigamente, os pacientes recebiam senhas até às 10h.
“Não tem condições, isso é um absurdo. Como vou acordar às 4h e sair de casa às 5h, e ser estuprada por aí? Porque você sabe como essa cidade está perigosa”, lamentou ela, que sempre procurou a Saúde pública para atendimento. “Mas cada vez tá piorando a situação”.
Ela diz que procurava marcar exames de osteoporose e de sangue nas vezes, solicitados por uma médica gastroenterologista. “Daqui a pouco vou ter que estar lá umas 5h da manhã. Não pode uma coisa dessa”, reclamou a moradora do Centro, que embarcou no ônibus da linha Bairro dos Estados até a Sesau, só para ser informada do fim das senhas.
Procurada, a Sesau explicou que, por conta do aumento da demanda por exames no Estado, precisou limitar o horário de atendimento da Central de Marcação Exames e Consultas, ao fixar o horário de atendimento ao público das 7h às 8h. Segundo a Coordenadoria Geral de Regulação, Avaliação e Controle, são realizados, em média, 300 atendimentos por dia.
Por fim, a coordenadoria reforçou que a medida é provisória e que o serviço segue sendo realizado ininterruptamente no prédio que localizado na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 1364, no bairro dos Estados, ao lado da sede do Tratamento Fora de Domicílio (TFD).
*Por Lucas Luckezie