Você já se perguntou quanto tempo passa no celular e como isso pode estar impactando sua saúde mental? Em meio à campanha Janeiro Branco, dedicada à conscientização sobre a saúde mental, a psicóloga Neidiane Silva alerta para os riscos do uso excessivo de smartphones, destacando como esse hábito pode desencadear estresse, ansiedade e até depressão.
“Estamos vivendo em uma era de hiperconectividade, onde as notificações não param”, explicou Neidiane. Ela destaca que o excesso de estímulos digitais eleva os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. “Essa sobrecarga constante não permite que o cérebro descanse, prejudicando o sono e a capacidade de concentração”, acrescentou. A privação de sono, consequência direta desse uso excessivo, pode levar a uma série de problemas de saúde mental, incluindo irritabilidade e depressão.
Outro ponto levantado por Neidiane é a influência das redes sociais na saúde mental. “As redes sociais nos expõem a uma realidade filtrada, onde todos parecem ter vidas perfeitas”, comentou. Essa exposição contínua cria uma pressão silenciosa, levando muitas pessoas a se compararem constantemente. “A busca por curtidas e validação online pode minar a autoestima e desencadear sentimentos de inadequação e ansiedade”, alertou.
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Desintoxicação digital
Neidiane Silva recomenda a prática da desintoxicação digital como uma forma eficaz de proteger nossa saúde mental. “É importante que cada pessoa estabeleça limites para o uso do celular, desconectando-se de vez em quando”, sugeriu. Ela recomenda começar com atitudes simples, como desativar as notificações, para evitar a sobrecarga de informações. “Com menos interrupções, o cérebro pode funcionar de maneira mais tranquila, o que ajuda a reduzir o estresse”, disse.
A psicóloga sugere também a implementação de períodos sem o uso de aparelhos digitais, como “dias de descanso tecnológico”. “Esse é um momento para se conectar com a natureza, fazer atividades que não envolvam telas, como passeios ao ar livre, leitura de livros físicos ou até mesmo o cultivo de hobbies manuais, como jardinagem ou artesanato”, completou.
Além disso, Neidiane recomenda a prática de atividades que promovam o equilíbrio entre corpo e mente. “Exercícios físicos, como caminhadas, yoga ou meditação, são essenciais para reduzir a ansiedade e restaurar o bem-estar”, afirmou. Outra dica importante que ela dá é a adoção de um hábito simples, mas poderoso: a criação de “zonas livres de tecnologia”, como durante as refeições ou antes de dormir. “Estabelecer essas rotinas ajuda a promover momentos de desconexão genuína e proporciona um descanso necessário para a mente”, concluiu.
