Vitor Otávio, de 21 anos, descobriu que sofre de arritmia cardíaca desde junho de 2024, época em que foi encaminhado para realizar uma cirurgia de ablação fora do estado. Na mesma época, ele deu entrada no Tratamento Fora do Domicílio (TFD) e por conta de um erro em um documento emitido por médicos da rede pública.
Em entrevista à FolhaBV, Vitor relata que precisou se afastar do trabalho devido a descoberta do problema no coração e atualmente tem sofrido paradas cardíacas. Ele afirma que a demora na liberação para o TFD tem afetado sua saúde.
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“Eu tenho passado necessidades em casa, pois não posso trabalhar. Eu estou na última fase de medicamentos, eles não fazem mais efeito. Eu pesava 98 kg quando comecei o tratamento e agora estou com 69kg”, relata o jovem.
Por meio de nota, a Sesau afirmou que Vitor teria entrado com o pedido de TFD somente em fevereiro deste ano, que o jovem afirma ser após os médicos que atendem na rede pública de saúde errarem na produção do encaminhamento e ser preciso refazer.
“O hospital consultor indeferiu a indicação do procedimento, com a justificativa de que os exames enviados não demonstraram arritmia ou cardiopatia estrutural. Desta forma, o paciente foi orientado a procurar o profissional médico que o acompanha para mais esclarecimentos e os devidos encaminhamentos”, relatou a Sesau, por meio de nota.
Vitor afirma que o encaminhamento citado pela Sesau foi feito novamente pelo cardiologista que o acompanha mas a Secretaria tem demorado para autorizar o procedimento.
“Os hospitais de São Paulo responderam dia 12/2, nós já estamos indo pro mês quatro. Eu ia de 15 em 15 dias lá pra saber sobre minha cirurgia. É uma humilhação, ter que lutar e pedir socorro pela própria saúde”, relata o jovem, abalado.
Repórter
Repórter do jornal Folha de Boa Vista, com experiências como Social Media, edição de fotos e vídeos e produção de TV. Cursando o último semestre do curso de Jornalismo pela Universidade Federal de Roraima (UFRR).
