Saúde e Bem-estar

Má nutrição pode levar criança a ter 20 cm a menos, indica estudo

Desnutrição e obesidade são fatores que estão ligados diretamente à má nutrição; boa alimentação na infância pode contribuir para mudar esse cenário

A má nutrição infantil é uma condição que preocupa profissionais da saúde e estudiosos, pois pode afetar a saúde e o desenvolvimento da criança. Ela pode estar relacionada a dois fatores específicos: desnutrição e obesidade. Segundo a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), a má alimentação prejudica a saúde de milhões de crianças em todo o mundo. Com isso, uma em cada três crianças está desnutrida ou com sobrepeso no mundo. 

Um recente estudo, realizado pelo Imperial College London e publicado na revista científica The Lancet, apontou que a alimentação ruim para crianças em idade escolar pode afetar diretamente na altura delas. A estimativa é de que haja uma diferença média de 20 centímetros e sugere que a diferença de altura representa uma lacuna de crescimento de oito e seis anos para meninas e meninos, respectivamente. Esse apontamento foi dado com base em dados de mais de 65 milhões de jovens entre 5 e 19 anos, obtidos em cerca de duas mil pesquisas, realizadas entre 1985 e 2019. 

O estudo indica que as pessoas de 19 anos mais altas do mundo, na média, vêm do noroeste e do centro da Europa – países como Holanda, por exemplo. Enquanto os mais baixos vivem no sul e sudeste asiáticos, na África Oriental e na América Latina. Os brasileiros estão em posições intermediárias no ranking de idade. 

O que não pode faltar na alimentação das crianças?

Pesquisadores deste estudo apontam a alimentação como o principal motivo que explica essas disparidades. Logo, por meio de uma nutrição adequada e saudável, os jovens podem apresentar características físicas mais vantajosas.

“Uma alimentação equilibrada permite que as crianças alcancem seu potencial genético de crescimento, promove o desenvolvimento adequado e contribui também para o aprendizado”, afirmou a nutricionista materno-infantil Monica Assunção, doutora em saúde da criança, em entrevista para o podcast da Revista Crescer.

As vitaminas, minerais e fibras têm papel fundamental no desenvolvimento e alimentação infantil. Alimentos ricos em vitaminas A, C, D e E, cálcio, ferro e zinco não podem faltar no cardápio infantil, assim como é necessário na vida adulta também. As fibras, presentes em frutas, legumes e cereais, contribuem para o bom funcionamento do intestino, absorção de nutrientes e melhora na imunidade. 

Contudo, por vezes, mesmo tendo uma alimentação rica e equilibrada, algumas crianças não conseguem atingir a quantidade necessária de nutrientes que o corpo necessita diariamente. Por isso, dependendo do desenvolvimento individual de cada criança, nutricionistas podem indicar suplementos para suprir algum nutriente em falta no organismo. 

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