A falta de um medicamento para o tratamento de puberdade precoce se mostrou ser situação de descaso da saúde pública. Segundo uma mãe e servidora pública, além de não haver o remédio, outros medicamentos garantidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) também estariam faltando na Central de Abastecimento Farmacêutica de Roraima.
A filha da servidora, de 9 anos, faz tratamento há cerca de um ano com o Leuprorrelina e deve fazer uso contínuo de duas ampolas, mensalmente. Nesta sexta-feira (25), a mãe foi à Central e foi informada de que não tinha o medicamento.
“A sensação é de descaso com a saúde da população. Esse é um medicamento caro, de responsabilidade do Estado e não poderia faltar. A informação que me foi dada é de que estão faltando muitos outros medicamentos e as pessoas precisam recorrer à rede privada”, relatou.
A servidora ainda contou que teve que pagar pelo medicamento, que custa mais de R$ 500, só para não interromper o tratamento da filha. “É lamentável! Revoltante! Fico pensando no desespero de quem não tem como pagar por esses medicamentos”.
Reabastecimento do estoque
De acordo com ela, também não haveria previsão para reabastecimento do remédio. No entanto, a Secretaria de Saúde (Sesau) informou que novos lotes chegaram em Roraima ontem (24).
“A Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica está lançando no sistema para dispensação na Central de Abastecimento Farmacêutica do Estado”, disse a Sesau, em nota.