Mais de seis em cada dez brasileiros já passaram por alguma crise de ansiedade, um conjunto de preocupações que pode ser leve ou grave e um dos seus sintomas mais preocupantes é o medo excessivo. Porém, para o médico psiquiatra Alberto Iglesias, existem técnicas que ajudam a diminuir as chances de sofrer com os sintomas.
Uma das dicas é dedicar um tempo para si mesmo longe do stress da tecnologia. “Quem é predisposto a ter ansiedade pode sentir o mundo virtual como um fator de pressão. O sentimento é de estar mais ansioso com tanta informação na cabeça. A dica é estabelecer algumas horas para fazer outras atividades e deixar de lado o acesso à internet”, explica o médico.
Para o médico, as redes sociais têm adquirido importância crescente na sociedade moderna, sua relevância está desde os relacionamentos, relações profissionais e até mobilização social, porém o uso deve ser moderado. O exagero pode acarretar sono ruim, stress, sensação de insegurança.
“Com o uso excessivo da internet, muitas pessoas começam a ficar ansiosas e por isso usam as redes sociais com muita frequência. Esse hábito interfere negativamente no próprio comportamento. A pessoa se compara aos outros constantemente e isso pode virar um gatilho para a ansiedade, já que as redes sociais muitas vezes são usadas apenas para expor momentos felizes. E isso faz com que as pessoas se sintam pressionadas a fazerem coisas que no fundo não querem fazer, apenas para publicar uma foto do mesmo estilo”, explica o médico.
Outro gatilho de ansiedade apontado pelo constante uso das redes sociais é a possibilidade de que o indivíduo desenvolva uma personalidade combativa, prejudicando relações pessoais e de trabalho. “Esses contratempos geram mais ansiedade e são péssimos para o bem-estar. Muitas vezes a pessoa entra numa espécie de piloto automático respondendo com ataque as opiniões diferentes e comprando cada briga on-line, muitas vezes até perdem o sono por uma discussão”, reforça.