A transmissão do novo coronavírus ocorre principalmente por meio de gotículas e secreções que saem do trato respiratório superior (boca e nariz) de uma pessoa infectada (com ou sem sintomas) e atingem as mucosas (olhos, nariz e boca) de outros indivíduos.
Pode ocorrer também pelo contato das mãos com superfícies contaminadas. Aí, o agente infeccioso que pode ser transferido para os olhos, nariz e boca.
A equipe do equipe do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) da Universidade de São Paulo (USP) elencou medidas simples que podem ajudar a manter o Sars-CoV-2 longe da cozinha e da comida. Higienizar as mãos antes de comer ou manusear qualquer alimento é fundamental.
E mais dois pontos sobre a limpeza do ambiente:
Bancadas, pias, louças e demais utensílios devem estar sempre limpos e secos, sem resíduos de alimentos.
Geladeiras, freezers, fornos, fogão e demais eletrodomésticos precisam ser higienizados com regularidade, com água, sabão e sanitizantes ou água sanitária.
Esses procedimentos evitam a presença dos bactérias e vírus indesejáveis na cozinha, inclusive o coronavírus. Eles também reduzem o risco de contaminação cruzada, ou seja, a transferência de um agente infeccioso de alimentos ou superfícies contaminados para alimentos não contaminados.
Para alimentos que serão consumidos crus, como os vegetais folhosos, a recomendação do FoRC é remover as folhas externas ou danificadas, separar as folhas uma a uma, lavá-las com água tratada abundante e deixá-las em imersão, por 15 minutos, em uma solução de água sanitária (uma colher de sopa diluída em um litro de água), lavando-as depois com água tratada corrente novamente.
Para vegetais não folhosos e frutas, mesmo as que serão ingeridas sem a casca, o procedimento deve ser o mesmo. Os produtos comerciais à base de cloro para desinfecção de vegetais são eficientes.
Só não use água sanitária que contenha outras substâncias na sua composição, porque elas podem ser tóxicas para o organismo humano. E um recado: “O vinagre para fins culinários não tem efeito sanitizante”, esclarece o grupo.
O cozimento e a fritura, quando feitos corretamente, eliminam uma eventual presença do vírus. No entanto, é preciso evitar uma nova contaminação após o aquecimento, principalmente se o alimento não for aquecido novamente antes de ser consumido. É importante também não deixar itens cozidos em contato com outros crus. Isso para evitar a contaminação cruzada.