A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta para baixo risco de doença cardíaca após a imunização com a vacina da Pfizer, contra o coronavírus. O cardiologista Bruno Wanderley citou que o alerta lançado visa uma maior compreensão dos sintomas da miocardite e que não deve impedir a vacinação contra covid.
Para o profissional da saúde, especialista em arritmologia, o intuito é de alertar o público sobre os sintomas da miocardite, para maior identificação da população.
“É preciso se informar para saber identificar os sintomas, tanto a questão das complicações de trombose relatadas na vacina da AstraZeneca, quanto a miocardite relatada na vacina da Pfizer”, afirma.
O médico reforça que as duas doenças também são sintomas de pacientes acometidos pela covid-19. Bruno reforça que em termos estatísticos, é ainda mais alto o índice de casos de trombose e miocardite em pacientes com covid do que os imunizados com as vacinas.
“Todas as vacinas tem efeito colateral e muitas vezes, um efeito mais grave. Mas analisando o valor estatístico, a chance disso acontecer é ínfima, muito pequena. A chance de ter covid e apresentar esses dois sintomas é maior do que quem tomou vacina apresentar. Então, a recomendação é tomar a vacina para combater a pandemia pela covid-19”, completou.
O profissional ressaltou ainda que a população acabou levando o alerta da Anvisa para o lado errado. “Como se estivéssemos desestimulando a tomar a vacina, o que não é verdade. A vacina da Pfizer é uma das melhores vacinas já criadas, a eficácia dela é altíssima, com poucos efeitos colaterais”, afirmou.
PERFIL – Bruno Wanderley é graduado em Medicina pela Universidade Nilton Lins (UNL), com especialização em Arritmologia e Estimulação Cardíaca Artificial pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP).
O médico atua na área de Cardiologia Geral com foco em Arritmias Cardíacas e Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis – DCEI (marcapassos, cardiodesfibriladores e ressincronizadores) no Instituto de Cardiologia e Arritmologia de Roraima (InCAR).