A taxa de mortalidade de pacientes com diabetes e ou hiperglicemia foi de 28,8%, enquanto em não diabéticos, ou aqueles que evoluíram durante a internação sem hiperglicemia, foi de 6,2% de acordo com o estudo coordenado pelo Dr. Bruce Bode de Atlanta.
Segundo o médico endocrinologista César Penna, o estudo mostra que mortalidade nos diabéticos e ou hiperglicêmicos foi cinco vezes maior.
“ A constatação importante observada neste estudo, foi que os pacientes que evoluíram com hiperglicemia durante a internação, sem diagnóstico prévio de diabetes, apresentaram índice de mortalidade de 41,7 %, enquanto nos previamente diabéticos a taxa de mortalidade foi de 14,8%; portanto, 3 vezes maior” explica.
Para Penna, o estudo demonstra que pacientes diabéticos internados com Covid -19, apresentam mortalidade, período de internação hospitalar e complicações da doença muito superiores aos não diabéticos.
“Mostra também que a hiperglicemia de stress, que aparece em pacientes que não tinham diagnóstico de diabetes, é ainda maior” disse.
A pesquisa reforça a necessidade de protocolos adequados nas instituições que cuidam de pacientes internados com covid-19 , para que o controle da glicemia seja o mais rígido possível, e assim fazendo, melhoram os desfechos clínicos, principalmente a taxa de mortalidade.
“Como sabemos, a diabetes é uma comorbidade que, como outras, tais como hipertensão, obesidade, etc, piora os desfechos clínicos dos pacientes acometidos pela virose. Existe pouca informação a respeito do comportamento da glicemia intra hospitalar nestes casos, e de como ela influi na evolução clínica” relatou.
Pesquisa
A pesquisa abordou 1122 pacientes em 88 hospitais americanos, no período de 01 de março até 06 de Abril de 2020. O diabetes foi definido por uma Hb A1c acima de 6,5 % e a hiperglicemia ou a glicemia não controlada, definida por duas glicemias acima de 180 mg/dL num intervalo de 24 horas.