Saúde e Bem-estar

Não há registro da doença de Haff na criação de peixes em Roraima

No Amazonas foram 56 casos suspeitos

Não há casos de registros da doença de Haff, conhecida como urina preta, em peixes produzidos em cativeiro em Roraima. É o que afirmam técnicos da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima. Recentemente, notícias vindas do Estado do Amazonas, onde casos suspeitos são investigados, provocaram a preocupação entre os consumidores roraimenses.

Os técnicos roraimenses, porém, asseguram que o pescado saído dos tanques da piscicultura, direto para o gelo, diminui o risco da doença.

No Amazonas foram 56 casos suspeitos foram registrados e todos os relatos foram de peixes vindos de rios e lagos.

Os técnicos da Aderr, especialistas em sanidade animal, também ressaltam  que desde a última semana, não há ocorrências no Amazonas.

Em Roraima não existe nenhum caso e a maioria dos peixes consumidos, cerca de 90%, são produzidos em cativeiro. Neste tipo de criação, a qual não registra histórico da doença, o consumo é mais seguro, como detalham os técnicos.

Chefe do Programa Estadual de Sanidade de Pescados da Aderr, o médico veterinário Sylvio Botelho enfatiza que os consumidores podem ficar tranquilos, pois a doença não ocorre no Estado, porque a maior parte da produção é feita em cativeiros, onde não há registro da doença.

“O peixe que é produzido aqui é seguro para o consumo. Essa intoxicação tem ocorrido somente em alguns municípios do Amazonas, em peixes que vêm de rios e lagos. A síndrome de Haff é uma doença que ocorre muito no mar, em camarões e moluscos bivalves e raramente ocorre em peixes de água doce. O consumidor pode ficar sossegado e continuar comendo seu tambaqui despreocupado.”

Gelo

A doença é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes como o tambaqui, o badejo e a arabaiana ou crustáceos (lagosta, lagostim, camarão). Foi comprovado que o frio do gelo inibe a produção da toxina, por isso a importância de um bom acondicionamento.

O chefe do Programa Estadual de Sanidade de Pescados da Aderr, o médico veterinário Sylvio Botelho informou aos consumidores que o consumo de peixe no Estado continua seguro, pois a produção em sua maioria é feita em cativeiros.

A síndrome ainda é pouco estudada, confirmando apenas ser causada por uma toxina  que é caracterizada pela destruição das proteínas musculares, provocando sintomas como a perda da força física, dor muscular, febre e urina escura.

Garantia do Pescado

A Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (ADERR) tem um programa específico dedicado à sanidade de animais aquáticos, que tem como objetivo a prevenção, controle e erradicação de doenças no sistema de produção neste setor, conforme destacou o presidente da Aderr, Kelton Lopes.

“O cadastramento de piscicultores, controle de trânsito e de matéria prima, estudos epidemiológicos por meio de coleta da água dos tanques e de peixes  para diagnóstico laboratorial, são de responsabilidade do Programa Estadual de Sanidade dos Animais Aquáticos. Além disso, oferecemos  capacitações  constantes aos nossos técnicos em sanidade de pescados e educação sanitária”.

 A produção de tambaqui em Roraima alcançou 15 mil toneladas em 2020. Cerca de 11 mil toneladas foram exportadas para o Amazonas e o restante comercializado no mercado local. Foram movimentados, entre alevinos e peixes adultos, mais de 9 milhões do pescado.

 Doença “da urina preta” ou Doença de Haff

A doença é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes como o tambaqui, o badejo e a arabaiana ou crustáceos (lagosta, lagostim, camarão). Quando o peixe não foi guardado e acondicionado de maneira adequada, ele cria uma toxina sem cheiro e sem sabor.

A síndrome é uma doença de contaminação por bactéria, em geral transmitida através do consumo de uma toxina da carne de peixe. Ela é caracterizada pela destruição das proteínas musculares, provocando sintomas como a perda da força física, dor muscular, febre e urina escura.

Os sintomas da doença de Haff surgem entre 2 a 24 horas após o consumo de peixe ou crustáceos bem cozidos, mas contaminados e estão relacionados com a destruição das células musculares, sendo os principais sintomas a dor e rigidez nos músculos, que é muito forte e surge de repente; urina muito escura, marrom ou preta, semelhante à cor do café; dormência e perda da força.