VIDA SAUDÁVEL

Neurologista aponta quais hábitos do cotidiano pioram a saúde do cérebro

Mesmo na correria do dia a dia, o profissional recomenda a adoção de hábitos que não prejudiquem a saúde do cérebro

Felipe Queiroz é neurologista (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Felipe Queiroz é neurologista (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O cérebro atua como o centro de comando do nosso corpo. Ele rege as emoções, pensamentos e até a interação com outros indivíduos. Para que ele continue funcionando de forma saudável, precisa ser cuidado diariamente para evitar futuros danos. Entretanto, na correria do dia a dia, nem sempre fazemos as melhores escolhas para o nosso corpo. Devido a isso, é comum ver pessoas adotarem, sem nem perceberem, rotinas que podem prejudicar a saúde.

“Ele também é responsável pelo funcionamento de outros órgãos, faz o controle da frequência do batimento cardíaco, do sistema motor, da nossa sensibilidade e ainda regula os hormônios. O cérebro é bastante sensível, então hábitos ruins influenciam diretamente no mau funcionamento dele”, disse o neurologista Felipe Queiroz, que explicou como alguns hábitos prejudicam o órgão cerebral.

Estresse

O médico afirmou que há uma região do cérebro, chamada de sistema límbico, responsável por emoções como o estresse. Então, no caso das pessoas que têm um estilo de vida estressante, ocorre uma disfunção nesse sistema, que desencadeia sintomas, como ansiedade e tristeza. Isso gera outras consequências, como prejuízos à memória. Uma pessoa muito estressada tende a esquecer as coisas com mais facilidade, explicou ele.

Para contornar a situação, Felipe Queiroz recomenda a busca por momentos de prazer e escapes da rotina agitada. Algumas recomendações são: desenvolver o hábito de leitura, praticar atividade física e aderir a técnicas de relaxamento.

Sedentarismo

Segundo o neurologista, praticar exercícios faz o organismo liberar substâncias, que melhoram o funcionamento cerebral, impulsionam a memória e geram a sensação de bem-estar. Esse hábito é essencial para manter o corpo em bom funcionamento e prevenir doenças crônicas.

Jejum intermitente

O profissional chama a atenção para a prática do jejum intermitente. Segundo ele, o cérebro se alimenta da glicose para gerar energia para o restante do corpo. Passar horas sem comer gera a queda da glicose e, consequentemente, afeta o funcionamento do cérebro. Essa situação pode causar problemas, como desmaios.

Consumir açúcar em excesso

Para quem consome alimentos com muito açúcar ou carboidratos, que serão transformados em açúcar no sangue, há o risco de desenvolver diabetes, que também traz consequências para o cérebro. A doença aumenta os riscos de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), por exemplo.

Solidão

O neurologista mencionou que, conforme estudos, pacientes com baixa sociabilidade são mais propensos a desenvolverem doenças neurológicas no futuro, em especial as que afetam a memória. É necessário interagir com pessoas no dia a dia.

Dormir mal

“Sono é fundamental para o funcionamento do cérebro, pois é nesse momento que o órgão realiza uma limpeza de tudo que ele produziu ao longo do dia. É importante também para a consolidação das memórias”, explicou Felipe.

Consumir álcool e cigarro

Conforme o neurologista, o consumo excessivo de álcool está relacionado à deficiência de algumas vitaminas, além de ser tóxico para as células nervosas. Em relação ao hábito de fumar, ele afirma que o cigarro pode causar sequelas ao paciente, como AVC e infarto, além de estar diretamente ligado a doenças cardiovasculares e neurológicas.

Ingerir ultraprocessados

Com o hábito de consumir alimentos ultraprocessados, o organismo passa a ter deficiência de nutrientes essenciais para o funcionamento do nosso cérebro, que a alimentação natural proporciona. Os ultraprocessados também causam o aumento da glicemia, do colesterol e, consequentemente, os riscos de problemas cardiovasculares também crescem.