Pacientes do bloco A, do Hospital Geral de Roraima (HGR), procuraram a FolhaBV para relatar descaso no atendimento médico da unidade. Segundo eles, os profissionais estão se recusando a fazer visitas no bloco.
O paciente Geagno Tavares contou que ele e outros pacientes do bloco aguardam atendimento para ter alta da unidade. Tavares e um colega de quarto fizeram cirurgia no tornozelo, no último sábado (15), e nessa segunda-feira (17) o médico passou nos quartos para dar alta.
“O médico passou na segunda-feira dando alta. Mandou a gente fazer o Raio-x e que podia ir para casa. Quando chegamos no quarto, não tinha nada prescrito, nenhum remédio para a gente tomar e nem alta. E hoje [18], ficamos sabendo, pelas enfermeiras, que os médicos estão brigando porque não querem vir fazer visita aos pacientes do bloco A”, relatou Geagno.
O denunciante também falou do caso de outro paciente, que quebrou a perna e está internado há 10 dias na unidade. Ele está com fraturas expostas e o pé arroxeado em maca no mesmo bloco do HGR.
“Esse pessoal não está nem aí para a gente, não estão dando nada. O meu curativo nunca trocou e eu estou sentindo muita dor, nem minha perna estou sentindo mais. Até agora não chegou nenhum médico para atender”, disse o outro paciente que precisa de ortopedista.
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A mãe desse paciente explicou que o filho fez a cirurgia, mas que não foi atendido após a operação. Não sabem como está a situação dele e que o local já está com mal cheiro.
OUTRO LADO
A Secretaria de Saúde esclarece que a alta médica só pode ser feita após a conclusão da avaliação médica e trata-se de um critério complexo, definida por cada profissional, de acordo com a evolução e avaliação de cada paciente, sendo fundamental a certeza de que o paciente não apresenta risco de uma complicação durante o período pós-operatório. A alta médica só pode ser concedida após o fechamento do quadro clínico.
Contudo, os fatos relatados – alta médica e troca de curativos de paciente – estão sendo averiguados junto à direção do Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento. Mas reforça que os pacientes estão internados recebendo o acompanhamento médico necessário para a conclusão do diagnóstico médico.
