Os acontecimentos recentes, como o atentado na escola Escola Raul Brasil, em Suzano, trouxeram a tona vários debates em relação a seguranças dos estudantes em ambiente escolar. Durante essa semana, uma pichação com ameaças de atentado foi encontrada em uma carteira escolar na Escola Lobo D’almada.
De acordo com a pediatra Ana Carolina Brito, a segurança se tornou o principal critério na hora dos pais escolherem onde seus filhos irão estudar. Para ela, a segurança no ambiente escolar não é dever apenas dos gestores, os pais devem conhecer de perto a estrutura do ambiente e o conteúdo de disciplinas que será ensinado.
“Quando a criança chega na idade de frequentar a escola, antes do seu ingresso, é importante que os pais visitem as dependências e se certifiquem sobre a estrutura física, que deve ser adequada para cada idade, higiene do local, quantidade de crianças em cada sala e quantidade de cuidadores em cada sala” relata.
A proposta pedagógica e o conteúdo a ser explorado ao longo do ano letivo deve ser considerado pelos pais, assim como a proposta de ensino que a equipe vai desenvolver durante o ano letivo.
“Quando os pais frequentam a escola e participam das atividades escolares, ficam cientes do andamento das atividades e possíveis problemas que as crianças e adolescentes possam estar passando e podem atuar na prevenção do bullying e violência dentro da escola. A equipe pedagógica com presença de psicólogos e psicopedagogos é sempre muito importante” explica.
Os alunos devem ser incentivados a cuidar da escola e manter um ambiente de convivência saudável e rodas de conversas devem ser realizadas para resolver os conflitos.
“Todas as atitudes que envolvem violência, desde a destruição do patrimônio até discussões entre alunos, precisam ser resolvidas com o apoio da gestão escolar, visando evitar ações futuras de violência e vandalismo. Pichação e depredação são ações criminosas, devem ser encaradas com muita seriedade como ações a serem combatidas e desestimuladas. As crianças devem ser orientadas a nunca participar ou incentivar esse tipo de atitude e esses fatos devem ser levados à gestão escolar para ser debatidos e combatidos, com campanhas de orientação e ao identificar os autores, esses devem corrigir os danos” diz.
A médica ressalta que o aluno que age destruindo a escola deve ser ouvido e também receber a assistência psicopedagógica adequada. “O ambiente escolar saudável pede convivência respeitosa entre gestores, professores, pais e alunos e para tanto regras de boa convivência devem ser respeitadas” explica.