No mês dedicado à mulher, o recado é para as mães, esposas, trabalhadoras e todas as mulheres que cada vez mais dão exemplo de versatilidade e força e, em especial, para aquelas que muitas vezes, pela rotina exaustiva, não conseguem manter o check-up em dia.
Dados do MS (Ministério da Saúde) mostram que as mulheres cuidam mais do bem físico do que os homens, no entanto, algumas recomendações gerais são importantes para melhorar a qualidade de vida, entre elas, os exames de rotina atualizados para garantir a prevenção de doenças graves, como câncer de colo do útero, por exemplo.
A atenção com a saúde e o bem-estar incluem a consulta ao ginecologista e a realização do exame Papanicolau, pelo menos uma vez ao ano. De acordo com a médica ginecologista, Eugênia Glaucy, a prevenção inicia com a consulta ao médico em uma UBS (unidade básica de Saúde), onde são realizados exames preventivos, como a mamografia (exame para detecção do câncer de mama) e o Papanicolau (exame preventivo que rastreia o câncer do colo do útero).
“O câncer de colo de útero é prevenível e é tratável, por isso todas as mulheres que já iniciaram a vida sexual devem realizar o Papanicolau todo ano para se prevenir e, se perceber algum sangramento durante a relação sexual, algum desconforto, é hora de procurar o médico para ter esclarecimentos maiores”, esclareceu.
A médica ressaltou que o preventivo, que é conhecido também como exame Papanicolau, tem objetivo de detectar os primeiros sinais de desenvolvimento de câncer de colo de útero ou demais doenças. “A coleta do exame é simples, rápida e geralmente indolor e propicia muitas informações sobre como está a saúde ginecológica dessa mulher, desde infecções e alterações hormonais até o diagnóstico de câncer”, complementou.
Para a vendedora Amalia dos Santos, que já realizou um acompanhamento médico pelo CRSM (Centro de Referência de Saúde da Mulher) e agora realiza exames de rotina em uma UBS, poder contar com a rede estadual de atendimento foi fundamental na hora de se prevenir contra um possível câncer de colo de útero.
“Sempre fiquei atenta aos sinais que meu corpo me dava e em um dos preventivos que eu realizei foi detectado uma alteração grave. Depois disso, fui acompanhada por mais de três anos no Centro de Referência de Saúde da Mulher, onde realizei vários exames e tratei um pequeno tumor”, destacou.
Segundo a médica ginecologista, o câncer de colo de útero é uma evolução da infecção por HPV. A infecção geralmente desaparece espontaneamente, mas uma pequena proporção pode persistir e progredir para um câncer. “A maior causa de morte entre mulheres é por câncer de colo de útero, causado pelo HPV. Ele é o câncer com maior incidência em Roraima junto com o câncer de mama, então, é importante que as mulheres façam o preventivo e fiquem atentas a todos os sinais do seu corpo”, recomendou a ginecologista.
Casos de lesões graves podem ser acompanhados no CRSM
Mesmo com a pandemia, o CRSM continuou realizando o seu trabalho. Foram mais de 1.900 autorização de procedimentos ambulatoriais, 1.002 consultas com mastologista e 782 atendimentos prioritários às lesões genitais precursoras do câncer do colo uterino, vagina e vulva.
O encaminhamento para o CRSM varia de acordo com grau de complexidade, uma vez que o CPCOM (Centro de Prevenção do Câncer de Colo e Mama Silvana Helena Souza Gomes) também atua no combate ao câncer de útero e mama e na promoção da saúde da mulher na capital. O CRSM é referência no atendimento de lesões de alto grau.