A perda auditiva já impacta pelo menos 10 milhões de brasileiros, representando cerca de 5% da população, conforme aponta o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, especialistas acreditam que esse número pode ser muito maior, chegando a 20 milhões de pessoas.
Isso ocorre porque os dados do IBGE são autodeclarados, e muitas pessoas não percebem ou ainda não foram diagnosticadas com deficiência auditiva. A subnotificação é um problema significativo, especialmente em um cenário onde o envelhecimento populacional é a principal causa desse tipo de deficiência.
Expectativa de vida O aumento da expectativa de vida é um dos fatores que mais contribuem para o crescimento da perda auditiva no Brasil. Em 2022, a expectativa de vida ao nascer atingiu 75,5 anos, segundo dados do IBGE. Para se ter uma ideia do progresso, na década de 1970, a expectativa era de apenas 57 anos.
Com mais pessoas vivendo por mais tempo, as chances de desenvolver problemas auditivos também aumentam. Isso porque o envelhecimento natural do organismo pode levar à deterioração das células sensoriais responsáveis pela audição.
Mais diagnósticos, mais consciência
Além do envelhecimento, a maior acessibilidade a exames e diagnósticos tem contribuído para a identificação precoce de problemas auditivos. Atualmente, as tecnologias avançadas permitem um diagnóstico mais preciso, algo que era menos acessível há 20 anos.
Cuidados para evitar danos à audição
Apesar dos avanços tecnológicos, a prevenção continua sendo fundamental para evitar a perda auditiva, que pode ser irreversível em muitos casos. Algumas dicas importantes incluem:
Evitar exposição prolongada a ruídos altos:
Utilize protetores auriculares em ambientes barulhentos, como shows ou locais de trabalho ruidosos.
Modere o volume ao usar fones de ouvido.
Realizar exames regulares de audição:
Procure um otorrinolaringologista caso note dificuldade em ouvir ou entender sons.
Manter uma alimentação saudável:
Consuma alimentos ricos em antioxidantes e vitaminas, como frutas e vegetais, que podem ajudar a proteger as células auditivas.
Evitar o uso de cotonetes:
A limpeza inadequada pode causar lesões no canal auditivo.
Controlar doenças crônicas:
Hipertensão e diabetes podem contribuir para problemas auditivos, então é essencial mantê-las sob controle.
Conscientização é fundamental
Promover a conscientização sobre a perda auditiva é essencial para combater a subnotificação e garantir que mais pessoas tenham acesso ao diagnóstico e ao tratamento. O Brasil tem avançado no tema, mas ainda há muito a ser feito, especialmente em termos de políticas públicas e educação sobre o cuidado com a saúde auditiva.
Fontes:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Saúde Abril – Perda Auditiva.